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Passo a vida a esperar por ti. Pelas tuas mãos. Nas minhas.
Passo a vida em passo lento na lentidão que é esperar por ti. E tu não vens, nunca voltas dessas voltas que dás na vida em que por ti espero.
Passo a vida, a minha vida, na expectativa de que tragas a tua vida a juntar-se à minha - trapos com trapos, mãos com mãos, corações com corações, quem sabe.
Passo a vida à tua espera. Espero. Nunca que vejo passar.
Tenho este post há mais de um ano nos rascunhos. Não sei o que me impediu de o publicar. Fui adiando a ideia, ao mesmo tempo que a fui desenvolvendo.
Tudo tem vindo a ganhar novas formas nas últimas semanas e hoje dei por mim a "criar".
Durante muito tempo fiz dream catchers em dose industrial. Logo depois de ter aprendido como os fazer de facto fiz uns quantos, assim de uma vez, com diferentes cores, penas, materiais e tamanhos. Depois espalhei-os pela casa – dei um à mãe, fiz um pequenino para servir de marcador de livro, pus um na cama, outro no quadro de cortiça, outro no carro…
Porém, subitamente, parei. Parei e não fiz nada por um longo tempo. Este ano, assim em tom de recordação, fiz dois para oferecer (numa tentativa mais ou menos bem conseguida de agradecimento a duas amigas).
Não tinha tido vontade de voltar a fazer nada – até hoje. Depois de jantar fui dar uma caminhada (para digerir o bolo de chocolate maravilhosa que fiz ontem) e passei pelo meu principal produtor de material: um salgueiro-chorão (os “ramos” fazem o “arco” do dream catcher) e tive uma vontade enorme de voltar à fase produtiva (e, claro que não voltei para casa sem uns raminhos de chorão).
Mas, fica agora a questão: se eu voltasse à produção teria compradores desse lado? Ou seja, por um preço pequenino e simbólico (para comprar materiais) haveria alguém interessado em leva-lo para casa e afastar os maus sonhos? É que não faz sentido ter mais dream catchers em casa (e agora tenho vontade de produzir…, e, decerto um deles alegraria os vossos quartos.
Como podem ver este post tem mesmo muito tempo. Do tempo em que eu ainda comia bolo de chocolate (por estes dias não sei qual o sabor real de chocolate. Mas, nessa altura também pesava mais 10kg). Mas, a vontade mantem-se. E, se naquele tempo não voltei de facto à produção, agora estou com a vontade toda.
Vou produzir um número decente de peças, com diferentes tamanhos cores e feitios (agora tenho uns 4 modelos bem diferentes).
Depois volto com tudo estruturado para o negócio (tenho ideia de outras coisas giras e económicas que farão prendas originais e exclusivas).
Nos entretantos, manifeste-se.
Boa ideia, ou péssima ideia?
Fui desafiada a responder a dois desafios (redundâncias? Sim, obrigada!).
(Foto meramente ilustrativa. Tirada nas férias, pareceu-me oportuno)
Um dia, vão dar-lhe um mapa e ela vai descobrir que sempre andou pelo caminho mais longo.
Há cerca de dois meses recebi um email do Brasil. Antes de o abrir pensei uma bela dúzia de vezes antes de o abrir: sempre que vejo remetentes estranhos na minha caixa de correio penso que é spam ou vírus.
Mas, naquele dia, haja fé, abri o email.
Do outro lado do ecrã, do outro lado do oceano, um rapaz, de seu nome Carlos, questionava-me se um texto aqui do blog era da minha autoria. O post em questão data 2011. Entre dois pulmões.
Email para cá, emails para lá, o Carlos acabou por me contar que o pai tinha um problema pulmonar e que o se edificara profundamente com o texto. Tanto que queria tatuar a imagem que o ilustrava.
Sei que o mérito é do ilustrador da obra, mas, um texto meu inspirar pessoa?
Bem, agora, o Carlos enviou-me uma foto da tatuagem. O Carlos costuma dizer-me "obrigada" nos emails, mal ele sabe que quem tem que agradecer aqui sou eu. Serei sempre eu.
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