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Dance!🎆🎊🎇🎉

por Marina Ricardo, em 31.12.14

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publicado às 23:59

2014

por Marina Ricardo, em 31.12.14

2014 não foi o melhor ano de sempre. Não foi mau. Mas, não sei se foi muito bom.

2014 foi difícil. Muito difícil. Uma obra-prima cheia de cantos e recantos, muros e vedações.

Em 2014 aprendi que difícil é bom, porque nos faz ser melhores. Nos faz querer ser melhores. E, não há nada que seja impossível quando a vontade é ser melhor.

Em 2014 voltei a perder. Voltamos a perder. Família, amigos, emprego.

A morte leva-nos sempre alguém, quando crescemos. Ou, talvez estejamos mais atentos a ela, à medida que os anos passam. Depois, a vida, as horas, e os dias, levam-nos outras pessoas. 2014 mostrou-me que há muitos tipos de adeus. E até já.

Perdoei, este ano, quem achei que não seria capaz de o fazer, só, para depois perceber que voltei a perder. 

2014 deixa-me mais dura. Mais precipitada, mais nervosa, mais destemida.

Também me deixa mais despida, mais vazia, mais ampla e amolgada. Mas, deixa-me mais leve (não só em peso), mais verdade, mais eu.

2014 pôs-me a correr. Fez-me vestir leggins e esquecer o frio e a preguiça. Deixou-me sem leite e sem chocolates e fritos e gelados. Mas, fez-me concentrar no importante. Fez-me escolher.

2014 fez-me enfrentar medos, hospitais e fantasmas. Deu-me saudades, buracos e mágoas. Mas, também, boas memórias, missões compridas e objetivos.

Em 2014 voltei a para de ler, a ler muito e a estagnar. Voltei  a ter medo de escrever: aquela velha batalha na procura da minha voz, das palavras que quero que me oiçam. Em 2014 criei um negócio de amor e criei uma nova história de desamor e de um cão obeso.

Perdi o emprego, procurei um novo e senti-me só. Em 2014 senti-me amada e perdida. Percebida e enganada. Prendi na garganta as facas com que queria ferir. Quis, por muitas vezes, pagar na mesma moeda. Respirei fundo.

Falei alto, ri e chorei. Cantei a plenos pulmões, corri muito, andei mais ainda. Fui à cidade e ao mar. Deixei-me ir. Escrevi postais qe voaram para longe. A Kelly teve uma bébe e eu fui tia babada.

Este foi um ano de estremos. De muito e pouco. De tudo e nada. Um ano de hospitais, internamentos, viagens de carro com música alta, de pinturas e trabalhos manuais.

Em 2014 reinventei-me. Tentei ser sempre melhor do que ontem e dormi sempre de consciência tranquila (, estômago em brasa e costelas doridas).

2014 foi o ano em que tirei mais fotografias, o ano em que me apaixonei pelo céu, pelo por do sol, pelas cores, flores e pássaros. Em 2014 os meus olhos procuraram sempre mais.

2014 foi também o ano em que vi a Beyoncé e o Jay-Z e muito pouco pode bater isso. Isso e perder-me um campo de girassóis no meio do nada.

 Que 2015 me faça destemida, amada e mais louca. Que me dê espaço e me aperte. Que construa e não me desfaça em pedaços, que me ocupe por inteiro. Que, 2015 me dê pessoas, e histórias e letras e não me deixe órfã dos que amo.

 Que 2015 vos traga tudo o que anseiam - mesmo sem saberem, que vos faça felizes, e, se não fizer, que procurem essa felicidade até a encontrarem. Quanto a nós, encontramos-nos sempre por cá.

Entra, 2015, sê bem-vindo.

 

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publicado às 01:49

4 folhas

por Marina Ricardo, em 30.12.14

Em frente da casa dos meus avós, onde passava todas as minhas tardes quando era miúda, há um pinhal de eucaliptos. Árvores altas, de tronco fininho que se equilibram de modo misterioso lá no alto.

No meio dos eucaliptos há tapetes de trevos. Muitos, muito verdes.

Em pequena passava muito tempo à procura de trevos de quatro folhas. Como raramente (que em lembre só encontrei uma vez ou duas), arranjava sempre uma solução. No desespero, cortava as folhas a meio, de forma a ter as quatro folhas.

Como a sorte dos trevos nãos vinha até mim, eu tratava de faze-la.

Hoje passei muito tempo a olhar os trevos. Não encontrei nenhum de quatro folhas. Mas, acho que tive sorte.

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publicado às 19:37

os nervos

por Marina Ricardo, em 29.12.14

 

publicado às 23:47

Para deixar as loucuras neste ano

por Marina Ricardo, em 29.12.14

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Fui ao Porto. Comprei cupcakes... 

publicado às 20:00

negro

por Marina Ricardo, em 28.12.14

Abrir mão. Tenho que parar de te sentir. 

Tenho que abrir mão de ti. Deixar de te sentir: em mim.

publicado às 23:37

Marina - the original motion soundtrack #113

por Marina Ricardo, em 28.12.14

 

publicado às 00:50

sinto

por Marina Ricardo, em 27.12.14

Sinto-me cansada. No limite. Sempre que sou um copo cheio calço as sapatilhas e vou correr. As pernas não me acompanham a mente. Os músculos não correm tanto como a dor. 

A mágoa serena com a dor que o ar gelado me causa nos pulmões. Concentra a dor ali, toda ali no peito. 
Enquanto respiro com dificuldade esqueço. Só quero esquecer o quão cansada me sinto.

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publicado às 23:37

pulmões

por Marina Ricardo, em 26.12.14

- Não penso mais em ti. Não se pensa no que nos magoa.

Não.penso.mais.em.ti.

Correu mais depressa deixando que o ar gelado doer-lhe mais do que a distância. E a mágoa.

publicado às 23:47

O Natal

por Marina Ricardo, em 26.12.14

O Natal mostra-me sempre o que é importante. No que me devo focar, nas pessoas em que me devo focar.

A minha família real vai ser sempre mais pequena do que é de facto, e sempre mais pequena do que queria que ela fosse.

O mesmo se passa com os amigos: com o passar dos anos, muitos se perdem pelo caminho.

O Natal limpa-me sempre a vistas e traz-me para pertinho os que realmente importam.

É por estas e por outras, que já estou a contar os dias para o próximo Natal! 

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publicado às 19:27

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