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Digo muitas vezes que só quero na minha vida quem me faz bem. Que os outros não me fazem falta.
O meu problema é que digo muitas coisas. Falo muito na tentativa de me convencer que na repetição vou acreditar. Melhor, se muito repetir vou deixar passar. Esquecer.
Tenho muitas dificuldades em desapegar-me das pessoas. Claro que corto relações num ápice. Corto o mal pela raiz quase sempre, mas tudo no coração demora muito a sarar. Eu demoro muito a sarar. A esquecer, a deixar de remoer, a parar de pensar.
Não sei largar. Mesmo que doa muito. Nunca quero desistir. Nunca.
Quero sempre um ponto final, mas tudo me sabe a reticências. Preciso de sentir que acabou para começar a desistir. A curar.
Preciso de um fim. Não de pausas. Prefiro gritos e explosões honestas de estilhaços de dor, do que silêncios que matam, criam raiva e feridas mal curadas.
Prefiro sempre o corte mais direto. Sangrar tudo de uma vez. Não sou pessoa para sofrer aos poucos. Raios, mata-nos de vez.
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