Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Finge que se esquece do quanto se lembra dela.
Tenho medo de me desenterrar.
De saber onde estão os destroços das coisas que enterro à toa debaixo da pele.
Tenho medo de que assim, à luz do dia, veja tudo o que os meus olhos me escondem. Pedaços de ti e de mim, ainda misturados. Sonhos amarrotados. Amores rasgados. Cinzas nossas. Cinzas minhas.
De saber onde estão os meus vales negros. Aqueles que me deixam frágil, que me vão matando. Os que escondi de mim.
Tenho medo de desterrar as partes de mim que desisti de ser. Ou que quis perder. As partes que não larguei. As partes de mim que, perdidas, ainda são minhas.
Sais-me do corpo como nuvem de fumo que se perde no ar.
Apercebi-me que não consigo estar quieta. Nem consigo fazer só uma coisa de cada vez.
Tenho sempre medo que o tempo não me chegue. Estou sempre preocupada em fazer tudo, e no mais curto espaço de tempo possível.
Se parada, estou sempre a bater o pé, a roer as unhas, a mexer ora aqui, ora isto, ora aquilo.
Estou sempre ocupada, tenho sempre coisas pendentes, um monte de coisas para fazer. Estou sempre atrasada. Nunca tenho tempo. Mesmo que não tenha nada para fazer.
Raramente me concentro porque estou sempre a pensar em mil coisas ao mesmo tempo.
Deixo de ouvir, deixo de estar onde estou e entro num transe só meu onde tudo é reboliço.
Estou no centro do meu próprio tornado. Sou a força e o vento que o faz correr. Sou eu quem me faz girar. Sou também eu que (me) destruo.
Ele espera que ela se esqueça dos medos e volte para casa.
Em 2015 já não devíamos de falar em direitos da mulher. Devíamos falar em direitos humanos e esses mesmos direitos deviam ser iguais para todos (o mesmo vale para as ditas minorias (que são, quase sempre maiorias) como os negros ou as crianças).
Direitos humanos deviam ser para todos os humanos.
Mas, como ainda estamos em 2015 são momentos destes que ((já) fazem a diferença.
(Também houve tempo para se falar em outras minorias, cada vez maiores, como os doentes de esclerose lateral amiotrófica e de alzheimer. Alertar consciências. É muito disso que precisamos.)
(E, se querem que fale dos vestidos dos óscares, casava-me já, e sem pensar em quem é o noivo, com o vestido que a J-Lo usou. I say yes to the dress!)
Toda a gente sabe que amo música. Toda a gente sabe que a minha paixão pela Kelly é maior que a lua.
Já aqui contei que , quando estive desempregada a primeira vez, gastei o último dinheiro que tinha na carteira a enviar uma carta para a Kelly, carta essa que recebi resposta no meu primeiro dia de trabalho.
Tudo em redor da Kelly, na minha vida, tem um duplo significado, tudo é um monte de coincidências felizes.
Estou a atravessar uma fase menos boa. Hoje acordei com este invincible. Caraças, quando é que a Kelly para de me ler, de me surpreender, de me fazer chorar? Nunca. Nunca pares!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.