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Nas marés em que me perco sinto as tuas ondas baterem-me nas faces. Não me acaricias. Gritas-me com o vento, gritas-me com a espuma das tuas horas.
Nesse mar onde nos perdemos, encontro-me. Só. Pelo menos não mais só do que quando o oceano era nosso.
Neste mergulho que me afoga mantenho a cabeça acima das águas e o coração a meus pés. Luto com a força que tenho e a que me levam à praia para não os perder - a cabeça e o coração.
Sou pobre de tudo, molhada das mágoas que me atiras à cara com essa força bruta de quem me mata sem me ver.
Mas, sob estas tempestades e tormentas vou sempre dar o litro de tudo o que conservo: coração e cabeça.
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