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Tenho 23 anos e nunca tive um namorado.
Decidi começar este texto assim: logo com a bomba. Agora é tempo de consolar aqueles que ficaram com pena para vos dizer que sou uma feliz solteira e que não tenho interesse em ter namorado só porque todos acham que eu devo ter alguém que me aqueça os pés à noite.
Quando em amigos, se fala de amor, todos diziam que eu ia ser a primeira a casar e não me ia aguentar como miss independente muito tempo. Pois bem, cá estou eu solteira e alguns deles já casados. Muita gente costuma dizer que tenho que sair mais a noite. Que não é a fazer caminhadas, a procurar emprego, no computador ou no shopping que se conhecem caras metade (e só deus sabe o quão satisfeita estou com a minha face e o quão não interessada estou em dividi-la com ninguém.)
Hoje estava a ter uma conversa com a minha mãe e disse-lhe que ainda não estou talhada para ser esposa de ninguém.
Conheço demasiadas mulheres que se perdem, que deixam se ser quem são, conheço os males do amor e procuro quem me mostre a partilha e as coisas boas.
Sou solteira por opção e porque nem sempre me sinto preparada para deixar de o ser. Acho que já vi o amor umas vezes, mas nunca senti que ali encontraria porto seguro. O amor que conheço nem sempre é pacífico. Dói.
E, eu não o quero assim.
Acredito no amor, mas nunca lhe senti a confiança e partilha. Nunca senti esse amor romanceado dos livros, dos textos que gosto de escrever. Às vezes sinto-me desfraldada pelo amor que me rodeia. Nunca é perseverante o suficiente. Nunca luta tempo suficiente.
Procuro alguém que me faça uma feminista comprometida e principalmente apoiada. Procuro alguém que me faça mudar de ideias - e, por enquanto só eu sei como isso é difícil.
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