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Tenho medo de me desenterrar.
De saber onde estão os destroços das coisas que enterro à toa debaixo da pele.
Tenho medo de que assim, à luz do dia, veja tudo o que os meus olhos me escondem. Pedaços de ti e de mim, ainda misturados. Sonhos amarrotados. Amores rasgados. Cinzas nossas. Cinzas minhas.
De saber onde estão os meus vales negros. Aqueles que me deixam frágil, que me vão matando. Os que escondi de mim.
Tenho medo de desterrar as partes de mim que desisti de ser. Ou que quis perder. As partes que não larguei. As partes de mim que, perdidas, ainda são minhas.
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