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Tenho em mim revoltas sem nome. Coisas que não me pertencem e que são tao minhas.
Tenho tanta revolta, tanta força, tanta mágoa, tantas tempestades, tantas tormentas, tanta, tantas que às vezes não me reconheço.
Como este corpo são, em casa sã, se ergue sempre quando lhe falam de dores que não são suas. Quero gritar chorar e partir tudo em meu redor. Tudo de uma vez. Sem parar. Até que os outros parem. Até que me deixem sair. Não compreendo o mundo. Não sei o que faço aqui.
Queria mudar tanta coisa e sozinha não sou capaz.
Todos os dias morrem pessoas como eu. Muitas que querem ir a lua e levam-nas ao inferno. Mulheres. Todos os dias tenho vontade de enfiar a cabeça debaixo da areia. De fingir que esta tudo bem. De deixar de me preocupar com a vida, com a minha vida, com avida de mulheres como eu. De mulheres como a minha mãe. De mulheres como a minha irmã.
Mas, não consigo.
Hoje quero celebrar as mulheres. As que lutam. As que morrem a lutar. As que morrem sem tentar. As que se esforçam dez vezes mais. As que se cansam. As que desistem. As que são como eu. As que esperam. As que procuram. Aquelas que têm sangue quente nas guelras.
Queria mudar o mundo. Fazer do mundo mundo para todos. De todos. Para todos. Hoje chorei porque me dói tudo. Todas essas dores minhas que não reconheço porque não vejo, só sinto.
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