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Queria ter fé.
Queria ter uma fé cega que me fizesse acreditar que as coisas vão correr bem. Queria uma fé diferente da minha teimosia.
Queria uma fé como vejo os outros ter. Queria ter fé. Seis vezes mais fé do que o pó de fé que tenho. Uma fé que me movesse. Uma fé que me desse alento. Uma fé que me fizesse mover montanhas. Uma fé que me descansasse quando nada mais o faz.
Queria acreditar que Deus sabe o que faz. Num Deus bom e correto. Queria deixar de questionar.
Mas, não sei como o fazer. Não sei. Assim como não sei parar de responder “Ele tem que querer” sempre que me dizem “Se Deus quiser”.
Temos o dever de fazer os outros sentirem-se especiais. Amados. Felizes.
Este deve ser o desafio mais difícil de vida de alguém: ser suficientemente equilibrado para querer equilibrar o outro.
Porém não basta dizermos ao outro o quão inteligente, bonito, especial ele é. Ele tem que se sentir especial. Sentir. De dentro.
A minha irmã é das pessoas mais especiais deste mundo. É esforçada, é inteligente, tem um sentido de humor fantástico, é linda. A minha irmã é especial.
Queria muito abrir-lhe a cabeça e dizer-lhe diretamente ao cérebro o quão especial é. O quão inteligente é. O que boa é a tudo. Queria dizer-lhe diretamente uma vez que os ouvidos são surdos.
Queria que ela soubesse que é a melhor. Que tem que se sentir sempre a melhor. Mesmo que as coisas não corram bem. Mesmo que ela tenha medo. Mesmo que não se sinta a melhor hoje, ou agora. Queria que ela vivesse mais aqui. Agora. Queria que o mundo a fizesse sentir melhor. Que o mundo a formasse mais. Melhor. E que ela se sentisse especial, e que eu não precisasse de lho dizer.
Queria que ela soubesse o quão especial é. Queria que a minha irmã se sentisse tão especial como eu a sinto.
Ilustração daqui
Ah a vida desinteressante a das pessoas que vêm o vestido azul e preto, azul e preto e nunca o viram dourado e branco...
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