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Maio deixa-me a boca amarga e tempo contado.
Quando o desemprego me entrou casa a dentro, quis fazer dele uma experiência minimamente saudável. Claro que pensei que esta situação não duraria mais do que três meses.
Comecei a fazer blocos de notas. Depois postais. Agora também faço outras coisas que me dão igual prazer.
Depois o desemprego decidiu ficar mais tempo e decidi que ia escrever um livro.
Com todas as falhas e frases escrevi-o. E ainda escrevi mais dois contos.
Acho que fui lidando com o desemprego como se fosse um desafio que tinha várias etapas. Nunca o aceitei, nunca o quis encarar, mas evitava-o mantendo-me focada em metas.
Acabei um livro, criei um negócio e ainda fiz uma feira de artesanato.
Tenho mais 45 dias de fundo de desemprego, depois não sei o que faça. Já enviei email para todo o lado, já fui a lojas e mais lojas. Acho que só me resta comprar um bilhete só de ida.
Maio deixou-me um sabor amargo na boca e uma sensação de estar perdida e não saber o caminho de regresso...
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