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Porque passei o dia no frigorífico do talho a embalar carne.
Descobri que tenho asma.
Todas estas gripes estranhas, tosses e espirros tinham que vir de algum lado.
Andava de rastos, cheia de analgésicos porque as dores do corpo eram muitas (fiz uma contratura muscular com a tosse), agora, sinto-me a melhorar, mas a asma ainda está bastante descontrolada.
Andei estes últimos meses casada, mas posso quase jurar que todo o cansaço do mundo abateu hoje sobre mim.
Queria tanto ir correr (se pudesse) ou fazer uma longa caminhada (se não morresse antes de conseguir fazer “a bomba”).
Mas, não tenho tempo. E, ainda não me sinto com forças para ir. E, saio de casa de noite, e, quando chega a casa noite é.
Hoje estou estupidamente cansada (e asmática).
Um dia destes cheguei a casa e li que ia ser lançado um livro novo de "Twilight". Depois, com muito sono à mistura, percebi que não era bem um livro novo, mas uma coisa esquisita onde o Edward era a Bella e a Bella o Edward.
Disse, voz alta, que era uma parvoíce. Que o Edward era o Edward e a Bella era Bella, e que era só uma forma de se fazer mais dinheiro. E, enquanto dizia isto, encomendei o livro na Wook.
Nem sequer finjo que já ultrapassei toda a saga. Nunca vou ultrapassar. Nem quero.
Hoje chegou o livro. Enorme.
Vou só ali por uns palitos nos olhos e ler.
Estou a fazer um micro-estágio, dentro do estágio, na secção de peixaria.
A minha irmã está indignada.
Posso não fazer nada. Posso só ficar a ver. Mas, eu, parva, escolho mexer no peixe, amanha-lo, lava-lo.
Não se percebe…
Nunca sabemos ao certo a impressão que causamos nos outros. Claro que podemos ter umas luzes quando perguntamos, ou quando nos dizem.
Mas, na realidade, não são muitos os momentos em que temos a hipótese de sabermos como os outros se sentem em relação a nós.
A verdade é que, nem sempre, temos a hipótese de nos mostramos a todos os que gostariam que nos conhecessem.
Tem um blog é exatamente o contrário: mostramo-nos como somos, corpo, alma e letras, a quem nos quiser ler. É um contrassenso. No dia-a-dia escondemos, quando abrimos um separador de internet expomos tudo.
Aqui é fácil dizerem o que pensam de nós. Aqui é fácil sabermos a impressão que os outros têm de nós.
Este é um post de agradecimento. Agradeço-vos por me amarem, me respeitarem. Por me lerem, me apoiaram. Por me conhecerem e por estarem sempre por aqui quando os dias me correm menos bem. Por me dizerem que tudo se vai compor.
Agradeço-vos por entenderem os meus limites, e por mesmo assim me lerem sem reservas.
Sou grata - todos os dias, por este blog e pelas pessoas fantástica que me permitiu conhecer.
Sou grata por todos vocês. Sou-vos grata. Por tudo.
Obrigada. Obrigada por me levarem até aos 24 tão bem amada.
Começo os 24 serena. E com sono – que passou a ser estado repetitivo.
Deixo os 23 cansada, mas leve. Focada.
Os 23 mataram-me medos. E, fizeram-me vive-los.
Aos 23 tive um ataque de pânico e quase descarrilei. Depois, escrevi. Livros, contos e crónicas. Escrevi com as minhas letras as vozes que tinha dentro da cabeça.
Preocupei-me muito, andei muito, fiquei doente. Aos 23 enfrentei júris e arranjei trabalhos difíceis.
Vivi muito neste ano. Bons e maus momentos. Só me quero lembro dos bons e dos que me ensinaram que nos maus momentos crescemos muito.
Começo os 24 serena. Sem medos e leve. Só pode ser um bom começo.
Este ano não faço anos 24 horas, faço anos 25 horas.
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