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- E agora? – perguntou ele com olhar expectante.
Sei lá. Deixa-te de merdas. Queres sempre saber mais do que o futuro. A minha avó sempre me ensinou que o “futuro a Deus pertence”. E, eu nem sequer se acredito em Deus.
Não sei. Agora, olha, estamos lixados. Não estamos sempre?
Vi a lista de coisas que é suposto eu ser capaz de fazer nesse futuro que tu queres dominar e que só os Deuses da minha avó conhecem e estou a entrar em pânico.
Ainda queres saber o que vamos fazer agora? E, se deixasses de fazer perguntas que não faço ideia de como responder? Deixa-te de merdas. Ama-me sem perguntas sem resposta.
- Agora? – respirou fundo. – Agora, não sei… Mas, está um frio do caraças. Quero um chá.
Rasga-me do peito essa dúvida de te amar enquanto te esqueço.
Gelam-me nos dias os pensamentos que de ti morrem.
Ontem, devido a um cancelamento de um formador, fomos informados que tínhamos que voltar a loja.
Ando tão cansada que a perspetival e andar com paletes e caixas de banana de 23kg de um lado para o outro, por exemplo, já me deixa assim a roçar o desfalecer.
Revirei os olhos, roguei umas pragas e lá aceitei o facto de ter de voltar.
Afinal, exausta ou não, estar no terreno é mesmo a minha área. Sai duas horas depois do devido. E, nem isso me importou.
Sou uma vendida, poe-me num supermercado e fico logo com a adrenalina no auge.
Todos os paises do mundo deviam ter um dia para lembrarem as pessoas de se sentirem gratas.
Gratas pelas coisas banais, pelas que gostam, pelas coisas boas. É tão fácil esquermos o quão gratos devemos estar. Gratos por estarmos vivos. Aqui e ali. Connosco. Com os outros. Gratos.
Feliz dia para estarmos gratos.
Todo o orvalho que trago nos olhos.
Todo o sol de inverno com que iço o peito.
Se eu pensasse menos na minha vida, a minha vida seria mais fácil.
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