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2015 doeu-me. E, às vezes ainda me dói. 2015 Também me curou, depois de me ir matando.
2015 foi amargo, mas também soube a vitória.
2015 acordou-me e uma vez eu acordei com um ataque de pânico.
Em 2015 ultrapassei medos e falei de mim a desconhecidos. E 2015 fui escolhida, entre duas mil pessoas para integrar um projeto que ainda não amo todos os dias. 2015 empregou-me.
Em 2015 escrevi um livro. Também perdi um concurso. Mas, escrevi um livro com todos os pesos que tinha aos ombros. E ao peito.
Em 2015 fui a entrevistas de emprego péssimas. E disse não. Comi bolas de Berlim na praia e apanhei molhos de papoilas durante as caminhadas de verão.
Fiz bordados e postais. E flores, muitas flores. Comprei um vestido e uns óculos de sol. E anéis – sempre anéis. Comprei girassóis em dias de chuva e acordei antes do sol nascer.
Fui ao aquário e voltei aos sítios que me fazem feliz. Fiz picnics e escrevi. E parei de escrever.
Deixei de ler e de ter tempo. Senti-me presa e livre. Larguei-te e carrego-te como peso morto.
A Kelly cantou-me Invencible. E eu, fiz-me invencível – às vezes.
2015 deu-me asma. E um mundo cheio de desconhecidos e medos novos. E aventuras que estão por vir.
2015 deixa-me mais consciente. Mais focada. Acordada. Deixa-me mais confusa, mais apressada e com muito sono.
Deixa-me também muita matéria para voltar a estudar. 2015 deixa-me portas abertas e mundos desconhecidos. 2015 deixa-me os braços cheios de aventuras, realidades novas e pessoas.
2015 roubou-me tempo, mas, deu-me vida de gente grande. Com tudo o que isso implica.
Que 2016 que faça livre, destemida, capaz e invencível.
Que me dê espaço e me esmague.
Que, 2016 me dê pessoas, histórias e letras para escrever.
Que 2016 vos traga tudo o que anseiam - mesmo sem saberem, vos faça felizes e vos dê a força para procurarem a felicidade se esta teimar em vos escapar.
Quanto a nós, encontramos-nos sempre por cá.
Entra, 2016, sê bem-vindo.
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