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Passa-se alguma coisa? – perguntou ele, aproximando a mão da face dela.
Ela recuou ou passo. Se ele lhe tocasse agora, ia desatar em prantos. Tudo o que ela não queria naquele momento era ter uma crise de choro ali.
Não se passa nada. Está a passar-se tudo. Como faço para parar? Quando é que isto para?
Não sei… o que faço? Como desisto? Como faço para parar? Como é que ainda ficas, se até eu já estou a partir?
Não se passa nada. Não me faças mais perguntas. Abraça-me. Vou chorar, importas-te?
Ele agarrou a mão que ela mexia nervosamente, ao lado do corpo.
Ela aproximou-se dele.
Pensam nela como uma colecionadora de amores. Mal sabem que ela reserva ao seu tempo a ser uma reparadora de corações.
Os vinte e quatro acabaram com muito trabalho e comigo atrasada para a mim própria festa de anos (ok, não era uma festa, mas eu ás 19h, ainda nem sequer bolo tinha).
Houve presentes bons. E palavras que aqueceram.
Fiz bolo de limão. Porque quando a vida me der limões quero fazer sempre limonada.
(E, fiz lemon curd mas isso é só porque sou chic).
Obrigada a TODOS pelas palavras doces. Tenho precisado muito delas!
Aos 24 andei de avião. Vi o mundo e vi o fim dele. Trabalhei num talho, numa peixaria e numa padaria. E, assumi um compromisso com um trabalho que ainda não sei se gosto.
Comprometi a escrita, mas também escrevi muito. E calei as letras porque caladas doem sempre menos.
Li pouco e trabalhei horas a mais. Ouvi boa música, viajei, fiz uma road trip e fiz decisões difíceis. Levei a irmã a casa, quando a tirei de casa.
Hoje faço vinte e cinco anos. Por extenso. Porque quantas mais letras melhor.
Hoje faço vinte e cinco anos. Mas, também faço dois meses e cinco dias. E, nunca tinha percebido o quão bom é estar vivo.
Há sempre uma sede que me incomoda. Uma fome de tudo que me arrelia. Uma vontade de tudo que me deixa em nada.
Por cada palavras que engulo, mais encho este corpo que transborda do que dizer.
Tive a visita de três diretores de topo, hoje, na loja.
Não sei precisar quantas horas trabalhei entre ontem e hoje. Só sei que formam muitas. Na proporção contrária, posso afirmar que dormi muito pouco e que às 4h já estava praticamente a sair de casa.
Estou exausta. Aliás, nem sei como fui capaz de escrever isto. E, não faço a mais pálida ideia de como vou conseguir levantar-me para poisar o portátil em cima da secretária...
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