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Tinha sete anos, uma camisola tricotada pela avó e umas calças da Mulan.
Já devia ter pedido milhares de vezes uma irmã à mãe. Não um irmão: uma irmã.
Brincar sozinha era chato, desenhar sozinha era chato. Ver filmes sozinha era chato. Correr com o Dodó era divertido, mas era chato ele não falar.
Não me lembro da espera. Só me lembro da imensidão de felicidade quando nasceste. Pequena, tal qual a Baby Born, a quem dava comida e punha no pote.
Eu muito corada, muito gordinha. Tu muito pequenina, de olhos cinzentos enormes.
A minha infância recomeçou nesse dia de inverno.
Não devo usar as calças da Mulan aos mesmos 18 anos que fazes. 18! Se me perguntarem, tens 12. Ou 15. Nunca 18.
És a melhor irmã do mundo. És minha. És a mais velha sendo a mais nova. És a mais sensível e a mais forte. A mais teimosa e a mais adulta. A que se chateia sempre primeiro, mas que continua a chamar-me “mana”. A que arruma menos vezes a roupa, mas, a que tem as melhores ideias.
Feliz aniversário à mulher da minha vida! (pára de crescer!)
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