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Sinto-me extremamente cansada.
E, há dias em que não sinto mais nada do que este cansaço extremo. Sinto que, qualquer coisa pode abalar as fundições deste mundo frágil e quebradiço que tenho vindo a cimentar.
Não consigo descansar. Se estou de folga recebo mais telefonemas do trabalho dos que os que consigo contar. Só penso em trabalho. Não consigo escrever.
Tenho uma equipa à beira de um ataque de nervos, que me observa com medo que eu desabe, com medo que eu os deixe, que desista deles.
Quando mudamos de gerente, frisei bem, numa manhã chuvosa, quando me reuni com todos: trabalho para eles. Para que consigam brilhar, para lhes proporcionar um bom ambiente e condições de trabalho.
Mas, sinto-me cansada de os levar comigo. Há dias em que nem tenho forças para me levar.
Construi uma barreira de pessoas boas em meu redor, mas até elas, por estes dias, desanimam e se seguram em mim. Dizem-me “Está proibida de sair daqui.” ou “Se sair daqui, peço transferência”.
As mudanças custam a todos – já sabíamos disso. E, estávamos todos preparados para dificuldades. Mas, está tudo a ser demasiado brusco.
Vejo uma equipa a cair em catacumba. Quais peças de dominó. Eu sou a peça final. A que espera que todos caiam. A que espera poder continuar a segurar em todos, cansada, ou não.
Tenho uma equipa em estado de nervos enquanto eu me controlo para não explodir.
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