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Desespero é: ter férias marcadas desde Dezembro, marcar uma viagem, e uns dias antes sermos "convidados" a desistir das mesmas, sob várias referências de processo disciplinar.
(Pensando bem no assunto, desespero não é bem o que sinto.)
Chora-me os rios de letras que te escrevi.
Espera a tristeza como esperas a chuva. Lava. Rega. Seca. Nasce de novo.
Quero isto. Já.
(Uma loja, em Espinho)
Nem sei se vou falar. #sósentir
Foi a Vera que escreveu, mas devia ter sido eu (mania de querer amar primeiro que eu!).
Foi a Vera que escreveu, mas, li-o como se fosse eu a escrever. Porque os sentimentos quando se partilham são assim: emaranhados, a meias.
Penso muito na Vera. Em como as nossas vidas malucas se complementam. Em como quase morri no dia em que ela casou. Em como partilhamos profissões loucas em áreas semelhantes.
Gosto de me lamentar com a Vera. Ela lê-me e dá-me colo. Colo enquanto tenho um dia horrível no trabalho, quando lhe confesso que não sou assim tão forte como me finjo.
Ela diz-me sempre que sou capaz. Que consigo. E tem razão: tenho conseguido mesmo.
Escrever-me neste blog, nos últimos meses, tem sido a maior e mais difícil empreitada a que me comprometi.
Mas, faço o que sempre tenho feito. Uma letra a seguir à outra. Por mim. Por ela. Por vocês.
Obrigada Vera. Obrigado por seres, tantas vezes, a voz solitária, e por escrito, da minha claque de apoio.
Obrigado a todos vocês, desse lado do ecrã.
A minha escrita é selvagem como a mente que a faz dançar, como o coração que a bombeia dedos afora e a brota, olhos cheios de marés que desaguam em frases confusas de amor e raiva. Dor e desabafo. Parto difícil e tempestade.
Verdade.
Ela tem um monstro ao peito tão grande quanto todos os que nele cabem.
Ela traz o universo no regaço, o medo na algibeira e passo apressado.
Diz ser livre na impossibilidade de se libertar. Diz ser luz mesmo que a escuridão com ela ande de mão dada.
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