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Pontapeiam-me as entranhas – as letras que me caem da boca sem dizer.
Contorcem-se no estômago, compondo úlceras do que fica por escrever.
Tenho comido muitas histórias e dores em forma de palavras que não escrevo. Nódoas negras de aglomerados de palavras que perco de mim para mim.
Ando a curar-me da vida para voltar para as letras que sempre me foram isso: vida.
Curo-me sempre a ir. Por muito que voltar me consuma.
Curam-me sempre as luzes de Paris. Os folhados. A familia e a torre.
Não me curo sempre em Paris, mas Paris cura-me sempre.
No aeroporto à espera do voo para Paris. Exausta. Vamos lá esquecer as mágoas, Paris
Sinto-me historia acabada. Ponto final.
Beco e viela. Folha. Amarrotada. Cansada.
Sinto-me história acabada. Por escrever.
Chorei-me até adormecer.
Não sei se fico mais chocada com o facto de um padre ter sido pai, ou com o facto do mesmo se chamar "Giselo".
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