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2017
2017 foi o ano mais difícil da minha vida (Ou, um dos, vá...).
O mais discutido. O mais chorado. O mais gritado. O mais duro. O que mais me fez crescer. O me mais me fez amar-me o odiar-me.
O que mais vezes disse não. O que mais vezes disse sim.
Mas, nunca fui tão certa, tão poderosa e tão senhora do meu nariz – nunca fui tão mulher, tão adulta.
2017 fez-me mossa. E ferida. E, cicatrizes. Fez-me rainha do calão e da incompetência. Mas, nunca fui tão forte e tão confiante.
Em 2017 dormi pouco e preocupei-me demais. Trabalhei noites a fio, ri e dancei muito entre corredores de mercearia e armazéns desarumados.
Escrevi pouco - letras mudas não doem tanto.
2017 foi uma luta. Eu, causa perdida, guerreira sem causa.
Em 2017 lutei muito pelo que acredito. E, por mim. Pelo que sei se sou e que quero ser. E também desisti, antes de retomar ao ponto de largada.
Em 2017 quis despedir-me todos os dias, mas, em todos os dias, fiquei. E continuei, mesmo sendo sempre tão difícil.
2017 foi Londres e Paris. E caminhos mais ou menos curtos, mais ou menos longos.
2017 foi osso duro de roer. Mas, também me moldou à sua semelhança.
Em 2017 quis começar um livro e comprei uma máquina de costura. Li poesia e quis desenhar-me diferente.
Aprendi. Muito. E, quero mudar (quase) tudo.
Recebo 2018 de braços abertos e coração sereno. Forte e segura. Cansada e viva.
Que 2018 me desafie e que me faça feliz. Mais feliz - sempre mais e mais. E me realize.
Que 2018 vos traga tudo o que desejam! E que nos encontremos sempre por cá!
Flores ao acaso, trabalhos manuais um pôr do sol qualquer, um dia mau e a minha camisola favorita Londres, "Amar pelos dois", 25 de Abril no trabalho e Paris.
2017 pode ter sido dificil, mas também teve o seu encanto. Só mais um dia!
Feliz Natal! Que se sintam plenos e estejam rodeados dos que mais amam.
Comam muito, riam ainda mais! Sejam felizes!
Trabalho num local onde, subitamente, ter opinião e personalidade se confundiu com mau feitio.
Como se verbalizar o que se pensa, trabalhar no que se acredita, ter empatia com a equipa e ser educado e compreensivo fosse ofensivo. Fraco. Mau.
É cada vez mais difícil. Para mim. Não para eles.
Este ano sinto-me verdadeiramente ansiosa pelo natal. Conto os dias. Sempre que tudo corre mal, penso: "calma. Só faltam x dias para o Natal". Pela primeira vez, em anos, não trabalho
na vespera de Natal. Posso prolongar o espiti da noite de consoada, para a manha e tarde.
Um dia nosso. Em família. Na cozinha. A ouvir musica de Natal. Amo o Natal.
E, pela primeira vez, em nos, não vou acordar as 4h, nem adormecer no sofá às 23h!
Tive aumento de salário.
Tive uma reunião para me comunicarem que tinha sido aumentada.
Sou mediana. Sou má chefe. E tive uma avaliação má – avaliação essa que não tive acesso, avaliação essa que foi feita por a minha anterior avaliação (em meados de Janeiro, de Muito Bom) ser inválida (ninguém me explica o grau de invalidez da mesma).
Comunicaram-me que tinha aumento, da mesma forma que me comunicariam que tenho uma doença qualquer. Insatisfeitos, contrariados. Como se devesse ter vergonha por isso.
E, eu, exausta disto tudo, ri-me. Porque sou péssima. E porque trabalho mais de sessenta horas semanais. E porque me ligam no mínimo oito vezes depois de sair da loja, e nas folgas. Por ser culpada de tudo. Por estar sempre em stress, por estar sempre a discutir. Por estar sempre a ser descredibilizada.
Rio-me de frustração, gozo e cansaço. Rio-me de mim. Por não saber desistir.
Tive um aumento de três dígitos. E, pelos vistos tenho que me sentir envergonhada por isso. Porque sou péssima.
Metade de mim são lágrimas, a outra metade, letras
Tenho o corpo gelado e a alma pálida.
Não esperes por mim. Não me salvo dos caminhos erráticos de mim, quanto mais me levo até ti.
O calendário diz-me que nasceste à 19 anos. 19!
Como se isso fosse possível. Como 19? Ainda ontem brincávamos com bonecas e agora discutimos política.
Não consigo perceber como já passaram 19 anos, mas, sei que há 19 anos que sou imensamente mais feliz.
Feliz aniversário à melhor irmã do mundo - a minha Nita.
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