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Tive aumento de salário.
Tive uma reunião para me comunicarem que tinha sido aumentada.
Sou mediana. Sou má chefe. E tive uma avaliação má – avaliação essa que não tive acesso, avaliação essa que foi feita por a minha anterior avaliação (em meados de Janeiro, de Muito Bom) ser inválida (ninguém me explica o grau de invalidez da mesma).
Comunicaram-me que tinha aumento, da mesma forma que me comunicariam que tenho uma doença qualquer. Insatisfeitos, contrariados. Como se devesse ter vergonha por isso.
E, eu, exausta disto tudo, ri-me. Porque sou péssima. E porque trabalho mais de sessenta horas semanais. E porque me ligam no mínimo oito vezes depois de sair da loja, e nas folgas. Por ser culpada de tudo. Por estar sempre em stress, por estar sempre a discutir. Por estar sempre a ser descredibilizada.
Rio-me de frustração, gozo e cansaço. Rio-me de mim. Por não saber desistir.
Tive um aumento de três dígitos. E, pelos vistos tenho que me sentir envergonhada por isso. Porque sou péssima.
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