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Há uma semana regressava de Londres inconscientemente feliz
Tinha tido cuidados. Levava um gel desinfetante, e não vi um único frasco de álcool por lá. Haviam transeuntes com máscara, mas no total de quatro dias cruzamo-nos com não mais de cinco ou seis.
Ninguém parecia estar muito preocupado, por isso nós também não.
Aterramos no Porto, e ficamos só confusos porque embora tudo estivesse demasiado calmo, não havia o mínimo de cuidado.
A situação foi piorando. No trabalho instalou-se o caos.
Nunca tinha visto tamanho desespero associado a loucura e inconsciência.
Estávamos exaustos e na vez de nos protegermos, fizemos todos demasiadas horas de trabalho.
Nunca, em altura alguma tivemos tantos artigos esgotados. Também nunca nos sentimos tão inseguros e duvidosos na vida.
Neste momento estou em casa. Eu e metade da equipa. Daqui a duas semanas trocamos.
Não tenho sintomas, mas estou cheia de alergias e ligeiramente entupida (já fui assim para londres). Não sei nada.
Não sei para onde vamos. Não sei onde vamos parar. Como parar.
Estamos a viver, pela primeira vez um episódio que estará nos livros de história dos nossos filhos. Caso, um dia consigamos lá chegar.
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