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Se te escrever frases feitas, desculpa. Nunca sei o que dizer quando nos enlutamos por sonhos. Nem os meus, nem pelos alheios.
Se te menti e te disse que vamos ficar bem, desculpa. Não te queria enganar.
Só não sei o que dizer para me voltar a fazer sentido quando quero sentir por ti. Dividir destroços.
Nunca senti o futuro morrer dentro de mim. Só tenho dores figuradas e letras perdidas para parir.
Se te menti, desculpa. Só queria pintar o mundo de cor de rosa para que te mudasses para lá.
Espero que possas reconstruir a casa em breve. Eu ajudo, se quiseres.
Faço a lista de compras.
Ovos. Leite. Farinha. Peixe talvez. Acabava já ali. Reviro os olhos e deixo o tempo tomar conta dos espaços tão desordeiros onde vivo tão amiúde.
Acordo, desacordada. Saio a correr. Sempre desassossegada. Sempre acelerada.
Falho contigo. Sempre contigo.
Agendo um pedido de perdão.
Conto que entendas.
Chego atrasada. Sempre atrasada. Sempre desassossegada. Sempre acelerada.
Conto as horas. Talvez se me perder nelas te encontre mais cedo e possamos falhar juntos. Estou cansada deste desassossego onde, sempre atrasada, acabo em aceleração rumo a destinos onde falho sempre sozinha.
Sair de casa de calças verdes e passar mais de uma hora num horto a comprar vasos que não temos onde pôr.
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