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Os dias passam, tropeço neles e continuo a correr. Aos trambolhões, de má cara, peito aberto, braços estendidos.
Fujo das letras, com tanta pressa como com a que fujo do que sinto.
E avanço. Nunca sei onde vou. Nunca paro pelo caminho.
Porque a nu, olho e corpo, a única coisa que visto é cansaço.
É a esperança o sentimento mais bonito e puro de todos.
Não te quero chamar pelo nome, Essa intimidade dar-nos-ia confiança aos dois. De eu te conhecer e tu me achares tua.
Não tomemos a liberdade de darmos esse derradeiro passo em frente.
Se te cair nos braços, não mais me volto a erguer. Estamos ambos cientes disso.
Deixa-me fingir que não te sinto o aroma, o sabor salgado a mar, na boca. Que não me apertas o coração quando te penso. Que me entorpeces a mente quando te pressinto.
Deixa-me continuar a fingir, que não te tenho a respirar-me no pescoço, que não te guardo no bolso da camisa, imaculadamente branca. Que não te sinto, medo.
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