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Ah amor como poderíamos ter sido o que nunca nos deixamos ser.
Como podiamos ter feito desta ponta solta, nó cego.
Amo flores e plantas. E, quem não gosta de presentes.
Mas, honestamente, prefiro respeito e igualdade.
Não me deem flores. Apõem a minha liberdade e o meu poder. Não se dirijam a mim como um objeto. Não projetem em mim os vossos ideia de normalidade e os valores que consideram corretos para a minha individualidade se encaixar nos vossos moldes. Vou continuar ganhar menos que vocês, a ter que trabalhar mais para ser notada, a ser criticada por ter opiniões vincadas, a ser catalogado como explosiva, quando na realidade só quero ser parte da mesa de discussão. Vou continuar a acender a lanterna do telefone no parque de estacionamento escuro quando saio às 2h, e a trancar as portas do carro, porque, na verdade, nunca se sabe…
Amo flores e plantas. E, quem não gosta de presentes.
Mas, honestamente, prefiro respeito e igualdade.
Há um ano aterrava em Londres. O cheiro a mudança estava empregando no ar. Mas, nós, cheios de sonhos, embriagados de vontade de viver não o sentíamos. Não ainda.
Fui imensamente feliz naqueles dias. Verdadeiramente.
Quando regressamos, o mundo, tal como achava que o conhecia estava de pernas para o ar. O mundo, conforme o conhecia, nunca mais seria o mesmo.
O mundo está congelado no metro de Londres. Em Piccadilly. No Soho ou em Camden. Num sorriso perdido em Shoreditch ou Brick Lane. Num flor do Mercado de Columbia Road.
O meu mundo, tal como achava que ele seria, está congelado em Londres.
Sinto muita falta do sabor da liberdade. Do sabor de novas aventuras. De apanhar aviões, roer as unhas e comer com as mãos.
Quando tudo acabar, quero voltar a londres Para descongelar isto.
Não me faças perguntas.
Não sei responder.
Tenho tanta carta por escrever para te pôr em dia. Para te pôr a par das vidas que tenho deixado por viver.
Anda. Não me faças perguntas. Abraça-me o corpo frio e a alma morna. Faz casa no meu regaço. Podemos escrever a história juntos.
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