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Há muitos anos que escrevo um inventário do ano no seu último dia. Um balanço. Peso quase tudo. Relembro o bom e o mau, porque na realidade temos tendência a esquecer o assim assim.
2021 foi estranho. Quase perdi a minha família num dia quase perfeito. E, depois disso o tempo deixou de fazer sentido, e não sei muito bem como chegamos até aqui.
2021, se pensar bem foi um ano muito bom. Porque estamos cá todos. Mais amolgados, mas todos.
O meu trabalho mudou muito. E eu também. Fiz 30 anos. Fui muito feliz, e outras vezes nem por isso.
Idealizei muita coisa que não aconteceu. E tenho vindo sempre a tentar lembrar-me de parar de idealizar belas expectativas que, por norma, só tornam tudo mais difícil.
Tive que relativizar muito e a ouvir-me.
Dormi num hotel de 5 estrelas, mas também fiquei muito tempo sem dormir.
Fui a Lisboa e trouxe uma paz desconhecida. Como se a minha vontade de tudo acalmasse.
Chego ao novo ano muito serena. Numa calma inédita para uma inquieta nata.
Chego também ciente que a força e a paz vêem de mim e não do mundo. Posso esquecer-me amanhã, por isso fica aqui escrito: Marina, you got this.
Feliz Ano Novo!
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