Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Nuca fui uma pessoa que pessoa que possa ser simpaticamente apelidada de atlética e /ou atleta. Correr nunca foi comigo: tropeço nos pés, nas mãos, nos cabelos e no ar.
Mas, algures no secundário alcancei a proeza de conseguir fazer um male não identificado no meu joelho esquerdo. Ao género de ovni, sozinha – sem haver contato físico ou choque violente com ninguém, lesionei-me.
O joelho – pobre desgraçado, inchou feito balão – bfu, bfu, bfu. Cada suspiro de dor, mais uma insufladela de “ar” no dito cujo.
Encarei tudo com normalidade – dois pés, dois braços e um pulso torcido depois, tudo nos parece fácil de curar.
Mais um analgésico e a coisa compõe-se.
As calças não passam do joelho. Problema. Mas, decerto que os anos 90 me haviam deixado um presente. Calças estilo varredor de rua, o que me permitia uma maior “folga” para que a amaldiçoada dobradiça da perna lá caiba.
Mais dois dias, e uns quantos comprimidos, depois e a coisa não voltou ao sitio. Gelo! Gelo ajuda! Ajuda, mas não cura nem tira as dores.
Hospital. Médico de família. Raio-X. Exames. Amassos.
Não há maneira do desgraçado de caber nas calças. Passamos para as calças de fato de treino – de todas as cores e feitios. Elas e as muletas a fazer pandam.
Três meses. Três meses de equilibrismo nas canadianas, 3 meses de inverno e chuva com quedas e mais idas ao hospital à mistura. Massagistas. Máquinas (de choques) para estimular a coisa a perder o volume que não lhe pertence.
Três meses de espera, exames e dores, três meses que levaram a um diagnóstico inclusivo. Três meses que se transformaram em três anos...
Ficou o Joelhinho doente. O mal-amado que me dói nos dias que não deve; o que me prende os movimentos nos dias que tenho de correr; o que não me deixa ajoelhar (problemas matrimoniais ou de noivado futuros).
Mudanças de tempo são a tortura – maldito nevoeiro que desde ontem se decidiu instalar!, e lá voltei eu às tiras analgésicas (que têm tanto de eficazes e de bem cheirosas como de caras!)
Não está fácil e a saga do joelhinho doente continua… e continuará, mesmo depois de amanhã ir (à nova) massagista.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.