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Tracei o meu caminho a tinta-da-china.
Preto, traço fino, linha constante. Sem esborrar.
Estendi a folha de papel imaculado à doce brisa, oh suave sopro.
Deixei-a lá fora, minha vida na linha preta de tinta-da-china, esperando vê-la seca e duradoura na manhã seguinte.
Mas, o vento, forte da noite fria, borrou a tinta, deixando a linha tão cuidadamente pintada, transformada em borrão negro.
Imprecisão feita de simplicidade. Confusão feita de rotina.
Agora, o caminho certeiro é viagem indefinida, ser rumo, sem destino.
Os sérios e perfeitos com quem me cruzava foram-se com o vento que levou parte da tinta. São os loucos, os que procuram o seu destino, é por esses que estou rodeada. E é aí que estou completa dentro do furacão que a vendaval trouxe e não mais levou.
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