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Numa sociedade perfeita – na hierarquia supermercantil, o cliente tem se estar sempre satisfeito.
Mas, vamos pôr as coisas em termos simples: a minha experiência é mínima e manter uma conversa complexa e com sentido enquanto faço com que a maquineta faça os “bips, bips” certeiros requer perícia.
Sei que um dia melhorarei e deixarei de ferir os sentimentos de quem atendo. Mas, hoje não foi o dia, se não vejamos:
Hoje uma senhora, uma avó foi comprar gelados. Enquanto eu tentava não meter água, entenda-se, faze-la paga meio supermercado em vez de duas caixas de Cornetos, ela tentou contar-me que tinha um amigo, senhor com bastante idade, que tinha uma receita secreta, relacionada com gelados, para a sua longevidade.
- Ele como sempre um gelado. Todos os dias. Às 2 da tarde. – contou-me.
Depois teceu uma série de comentários sob o necessidade de eu comer um geladinhos para me manter sã.
Sorri e tentei pensar em alguma coisa boa para dizer. Queria ser espirituosa e querida ao mesmo tempo – não é fácil, ma, ás vezes somos capazes, não é?!
Mas, a única coisa que fui capaz de dizer foi : Ah… com a gripe que estou comer gelados não ia ser muito bom.
A senhora olhou-me ferida, magoada com a minha insensatez. Como poderia eu dizer uma coisa daquelas?
Tentei redimir-me com sorrisinhos baratos, mas a senhora não mais me falou. Está certo, feri-lhe os sentimentos e isso não se faz.
Aprendam, aprendam: se querem viver muitos bons anos, é comer um gelado às 14horas, todos os dias.
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