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Depois, tão suave como uma pena, a sua mão – grande, quente e forte, pousou na minha face, rodeando-a. Senti-me simultaneamente frágil e protegida. Perdida e acompanhada.
Os seus olhos poisaram na minha alma de novo.
Um sentimento de familiaridade. Um formigueiro no cérebro, ainda mais intenso do que o que já sentia.
- Nuno… - disse baixinho. – Tu sabes?
Não sabia ao certo ao que me referia – como poderia eu saber?
Nuno fechou os olhos. Parecia cansado, subitamente mais velho, longe do seu ar adolescente e misterioso.
Senti de súbito vontade de chorar. O que estava eu a fazer? Porque não era capaz de ser sensata quando ele se aproximava? Quem era ele? Quem era eu?
Fechei os olhos uma fração de segundo – descansando as pálpebras. Senti a sua respiração quente na minha pele, e ele depositou os seus lábios na minha testa.
Sentia-me tão pequena…
Pestanejei e quando abri os olhos novamente ele tinha desaparecido. Um piscar de olhos, foi quanto durou o nosso contacto…
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