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Tracei uma linha de solidão num dia de verão.
Pintei o céu com uma tira cinzenta porque o sol brilhava demais. Fiz da solidão um boné e protegi os olhos - do coração.
Abri no peito um rasgo de solidão e fechei-o logo de seguida para o luz não entrar.
Senti frio no ar abafado e abafei um choro. Tapei a boca com a mão e a solidão com os olhos - do coração.
Os pés aqueceram – chapéu de abas curtas ao tempo escaldante. As nuvens afastaram-se e a primavera – do coração, voltou, para ficar.
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