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Deixa-se ficar sentada. Sem adormecer. Sem se incomodar em limpar as lágrimas que lhe varrem a face.
Deixa-se escorregar pelos lençóis de inferno - afoga-se.
Fica-se ali - mergulhada - naco de carne fria em mar de mágoa imenso.
Tenta ver através da janela negra, que tanto se lhe parece com o coração, e não consegue - pobre cega da alma.
Remexe as memórias, abana as lembranças mistura-as num shot quente que lhe desce garganta abaixo, peito acima - onda forte que lhe rebenta, sem dó, na cabeça zonza.
Perde-se em perguntas, labirintos velhos, com caminhos sempre novos.
Queria ela morrer ou matar a transparência que a envolve, aquela pelicula fina de papel gasto - que ela não é.
Queria ela o fim - do choro.
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