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Sou das manhãs. Aprendi a sê-lo.
Sou das mães que carregam as pequenas criancinhas ora ao colo ora pela mão, quando o sol ainda se levanta. E sou dos gorros que tapam as orelhas.
Sou dos pedintes e dos famintos que circulam vagamente pelas avenidas. E sou da minha música que se mistura com o vento.
Sou dos que madrugam. Que trabalham e se perdem pelas ruas da cidade. E sou minha, e das minhas bolachas, que aconchegam o estômago revolto.
Sou dos cansados, dos que dormitam sentados nos comboios, nos autocarros e nos metros. E sou das paragens gélidas onde esperam os sozinhos na vida.
Sou dos pobres e dos apressados. Sou dos ricos e preguiçosos. Sou dos sonhadores e dos dormentes. Sou dos sorridentes e dos carrancudos.
E sim, agora sou dos “Bons Dias”.
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