Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Falar sobre 2013 não me é fácil. Na verdade acho que já me esqueci de grande parte das coisas que lá me aconteceram. Em todo o caso, acho que o encontro perdido por entre uma música qualquer dos The Civil Wars, uma lágrima, um sorriso ou uma saudade. Decerto se, nos destroços da saudade procurar, há por lá uns números que devem ser um 2, 0, 1, e 3 - 2013.
2013 foi um ano bom. E mau. Ou nem bom nem mau. Foi um ano. Jamais o poderia definir como mais um ano. 2013 ensinou-me muito sobre a vida – e isso não pode nunca fazer dele um qualquer. Aquela vida vivida, aquela vida que a gente grande vive. Vida de quem trabalha, de quem adoece, que morre enquanto vive, de quem se levanta todos os dias, de quem trás dinheiro para casa, mas anda sempre de bolsos vazios.
2013 molhou-me os olhos e levou-me uma parte importante do coração. Mas, também me ensinou que a vida é assim, que os corações são roubados e que se safam. Este ano deixa-me um coração grande, cheio e disforme. Mas, deixa-me também a sabedoria suficiente para saber que na impossibilidade de lhe restaurar a parte perdida, sempre posso expandi-lo e aumenta-lo. O meu coração ficou assim: amolgado, mas com mais umas assoalhadas.
Em 2013 reinventei-me e revesti-me de coisas novas. De noites sem dormir, de horas de riso e dias de choro, de saudades imensas e recordações de amor que jamais qualquer ano pode apagar.
Escrevi muito. Comecei três livros e fiz-lhes pontos finais mais finais do que gostaria.
Depois, parei de ler. Recomecei a ler e fiz pausas em vírgulas que se foram transformando em reticências prolongadas.
Voltei ao trabalho. Trabalhei muito. Muito. Cada vez mais. Fiz amigos novos e descobri novos sorrisos vindos de muitos lugares desconhecidos. Reforcei relações, fui ao teatro e ao cinema. Entrei no comboio errado – várias vezes, andei sozinha, queimei a língua e gelei o cérebro, acendi uma fogueira, entalei um dedo no meio de ferros, subi os clérigos, vi o mundo do alto. Deixei o blog um dia no silêncio, tal era o silêncio que me dominava.
Fui a igrejas. Mas, não me lembro de rezar. Só queria estar mais próxima de ti…
Mandei cartas. A Kelly mandou-me fotos e “i see you”. A Sara chamou-me pelo nome e “mean it”.
Comprei anéis que fazem inveja a dedos alheios; reencontrei velhos amigos, fiz umas mini férias e descansei a alma. Fui a entrevistas de emprego, onde na impossibilidade de me safar como jornalista, ofereci-me para as limpezas. Disse muitas parvoíces. Falei alto e roguei pragas. Gastei dinheiro e comprei coisas para – finalmente, dar. Sonhei muito - de olhos abertos, de coração em riste.
Andei muito e viajei em casa, em terra e em mim. Vaguei em novas tecnologias, e em novas sonoridades. Pisei nuvens e inferno. Olhei o céu em sinal de resposta – vezes sem conta, e lá estavam os pássaros de sempre, e os girassóis ao fundo.
Cortei o cabelo e cortei males pela raiz. Disse que sim, e fingi que não me apetecia dizer não. E, disse não, pouco me importando com os sins dos outros.
Fiz bolos e tartes e comida da boa. Pintei as unhas com purpurinas e deixei os olhos brilharem. Muito. E mais ainda.
Embora, este, para mim, tenha sido um ano de perda, é um ano de amor. Um ano em que o amor se revelou de todas as formas, de todas as maneiras e de toda a gente. E, um ano de amor nunca pode ser mau.
2013 levou-me e trouxe-me coisas maravilhosas. Que 2014 se mantenha longe dos meus tesouros, e que lhes dê um brilho novo.
São estes os meus desejos para vocês, meus tesouros, que 2014 vos pinte de dourado e coisas boas. Que nos adorne de felicidade – a todos nós!
FELIZ 2014!
Uma criança de dois anos é muito mais crescida do que uma de um – não é preciso ser-se um especialista em crescimento para o saber.
As fraldas acabaram-se, assim como as papas, e agora há penicos e comida de gente crescida.
É a fase dos porquês, dos primeiros amiguinhos, dos primeiros diálogos, mais ou menos inteligíveis ou organizados.
É a fase em que o nosso pequeno rebento – no caso dos progenitores, mostra de que fibra é talhado. Anda, corre salta e faz corridas ao pé cochinho. Pinta as paredes, faz uma birra ou outra, dorme toda a santa noite, tenta imitar o comportamento dos pais e começa aprender a voar com as suas próprias asas.
Com um blog o processo não é muito diferente: aos dois anos é-se bastante maior do que se era no festejo do primeiro aniversário. As visitas crescem, assim como os seguidores, que deixam de ser números e passam a ser conhecidos, amigos do outro lado do ecrã.
Continuamos a ser os mesmos, nós e o blog que criamos, mas estamos os dois mais velhos, cortamos o cabelo, ele mudou o cabeçalho, crescemos e arrastamo-lo connosco.
Claro que ainda continuo a ser a mesma que sentada no chão do quarto, criou este espaço, a mesma que sonhou com o seu nome, mas cresci.
Estou melhor numas coisas, piores noutras… mas, cresci, com a ajuda dele e com a vossa.
Agora somos mais de 100, com mais de 1200 post e quase, quase 5000 comentários, tudo recheado de mentiras e verdade que vos conto.
OBRIGADA a todos vocês que me leem, me compreendem e tanto acarinham este espaço – sem todos vocês, ele não seria nada, seria de ninguém.
Parabéns ao Mentiras que te vou contando que um dia foi meu, e que agora é nosso.
Obrigada!
Podia facilmente começar este texto com frases da letra de “Catch My Breath”. Seria mais simples, pouparia palavras.
E, no fundo, este foi um anos de respirações, de suspiros mais ou menos prolongados, mais ou menos animados, suspiros de todos os tipos, sempre mais que menos.
2012 foi o ano da mudança – o ano que 1991 projetou, o ano em que cheguei a uma paragem desta viagem a que muitos manuais teimam em chamar vida.
Passei de estudante a finalista, de finalista a desempregada, de desempregada a jornalista de supermercado e por fim voltei à estaca zero.
E zero é bom. É folha em branco, pronta a ser desenhada, escrita, recortada, dobrada – para o ano posso ser origami, quem sabe.
Cresci, oh, como cresci – nunca pensei que se podia crescer tão alto! Mas, pode-se, não há limites de altura, altura e coração.
Conheci-me mais e muito melhor. Enterrei vivos que ainda me faziam falta, e depois plantei-os no coração e voltei a aprender a rezar, por eles e por mim – algo que tinha esquecido propositadamente.
Descobri-me no meio de jornais, depois de pensar que eu lá não pertencia. Fiz entrevistas a desconhecidos, criei fontes telefónicas e passei a conhecer bombeiros pela voz.
Tive certezas e chorei de dúvida – talvez tenha sido o ano da minha vida em que mais vezes chorei, sem nunca ser chorona.
Plantei girassóis, apaixonei-me por pássaros, criei gatos, tomei banho vestida de preto e branco em fontes, de noite e de dia. Fiz promessas de para sempre, e vim a descobrir que sempre não tem prazo de validade.
Tatuei palavras na pele, sem as escrever. Tirei fotos de grupos eternos da memória. Subi ao céu e desci ao inferno – tudo em poucos minutos. Gritei, senti-me traída e injustiçada. Ri, ri muito, e cantei a plenos pulmões, no meio de gente, muita gente que cantava como eu. Esqueci o mau, quando pensei que este estava cravado na em mim eternamente, e fixei o bom nas entranhas.
Cortei o cabelo, fiz do preto a cor padrão das minhas unhas. Comprei sapatos, blazers e colori-me, como as crianças fazem nas sebentas.
Conheci novos amigos e conheci a face de quem já conhecia o coração.
Fui pirata em terra, feiticeira no mar. Brisa no inverno, vendaval no verão. Furacão a maior parte do tempo.
Deixei de viver aqui e ali, ficando apenas aqui – deixei um senhorio mais pobre. E tive crises. Crises, crises como as crises que por aí andam.
Deixei o estômago arder em brasa, sob a desculpa crónica da gastrite. E, cozinhei, cozinhei muito, melhor e bem.
Decidi que quero escrever um livro em breve, e as palavras decidiram que me querem dar folga – decidi não desistir.
Aprendi a distinguir maçã golgen, de maça fugi, de starking, de pink lady, atribui-lhe códigos e pesei-as milhares de vezes. Vendi coisas, sem o tentar fazer. Usei uma empilhadora e fiz anéis.
Adoeci e corei-me. Corei-me de doenças e de pessoas. Vi o sol nascer e tive esperança. Perdi capas, proteções e defesas, cobri-me de esperança, perdi a esperança, por achar pesada, despi-me, adornei-me de esperança.
Li muito, apaixonei-me por personagens, vi muitos filmes e series. Sofri por sagas e por atores que lhe dão vida. Algures por terras australianas alguém me deixou “Blown Away”.
Amei – como amei! Quem devia e quem não devia, da forma certa e errada. Em silêncio e ao som de gargalhadas. Mas, amei, e o amor é essencial.
2012, fez-me mulher, fez-me feliz. Obrigada pelos dramas e dores, pelas alegrias e sonhos realizados e por realizar. Que te propagues em 2013.
E que seja bom, que seja um bom ano!
Feliz 2013 para todos e obrigada por todas as aventuras que partilharam e partilharão comigo!
Hoje é o dia em que abandono os zeros e lhes somo mais um, seguido de mais uns quantos, quando o tempo passar.
Deixo os 20 e abraço os 21, deixando para traz mais um ano.
Sou capaz de afirmar que os 21, foram melhores que os 19, e consequentemente os 21 serão melhores que o 20 – se não forem, faremos com que sejam, inventando aqui, colando acolá.
Foi um ano duro, cheio, cheio, cheio e que me preencheu por inteiro.
Levou-me muito: doses extras de inocência, migalhas de sonhos, ventos de companhia. Mas, trouxe-me mais do que tentou tirar: doses elevadas de amizade, provas de amor, união, sabedoria e obstáculos que me provaram que sou mais forte, dia após dia.
Não trouxe o emprego, mas foi trazendo trabalho e esperança. Esperança que me veste e se irradia dos meus poros.
Trouxe confiança, e cada vez mais bom humor.
Que os 21 me tragam coisas doces e boas. Que me tragam amor e felicidade. Se não trouxerem, que nada levem dos meus vinte, e eu serei feliz e leve.
2011 não foi um ano fácil. Foi um ano superável, em que para além de enfrentar o que jamais imaginei, venci os mais desafiantes obstáculos.
Ri muito, e chorei o bastante. Sangue, suor, lágrimas e madrugadas, madrugadas sem fim e directas.
Trabalhos, trabalho e trabalhos. Tudo foi novidade. Tudo foi dor, magoa, alegria e sorrisos. E música, rádio, tv, filmes, livros, amizades novas e fortalecidas e os falhanços do costume.
Ainda há, claro, cicatrizes em aberto, mas 2011 fechou umas quantas já antigas; enrijeceu-me e ensinou-me, que de facto, o que não nos mata, torna-nos mais fortes.
Aqui, neste cantinho que nasceu neste ano de descoberta, aprendi muito: sobre mim, sobre os outros, sobre o que penso e o que quero.
Que 2012 seja doce, por favor, para mim e para todos vocês que contribuíram, com toda a certeza, para um 2011 melhor.
Que o próximo ano vos traga tudo o que desejam e ambicionam! Em EXCENTE 2012 para TODOS!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.