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Hoje, durante uma troca de palavras com a minha irmã ela ataca-me com um "SÓ falas alto porque queres mostrar que és melhor que os outros".
E, eu, que estava irritada com qualquer coisas, que agora já não me lembro, respondi, "Claro que sou melhor que os outros.". Assim, cara de má, voz alta.
A discussão acabou e eu dei por mim a pensar (depois da asneira, pensamos sempre...).
Cresci com a voz do meu pai a dizer-me que não sou mais, nem melhor do que ninguém e dei por mim, agora, depois de miúda crescida, a querer ser sempre mais que os outros.
Não me considero (desmedidamente) ambiciosa. Sou antes focada. Certeira. Apressada. Analítica. E sim, falo alto. Tenho uma personalidade grande. Quase tão grande como a vontade que tenho de a fazer crescer.
Quero fazer mais, sempre o melhor, melhor que todos.
E, sim, vou ser sempre a chata, a que não cala, e se cala, ora bolas, não consente. Nunca vou concordar e vou querer ter sempre razão (e tenho, mesmo que não tenha). E vou sempre escolher aquele casaco que os outros não gostam, ou que acham desapropriado. E, quando eu falar, haverá sempre alguém de olhos muito abertos que dirá "Ó Marina, olha as pessoas", e eu vou dizer sempre "Quero lá saber das pessoas!".
Isto vai-me sempre custar amigos, conhecidos e dores de cabeça. Vai-me sempre levar coisas, vai-me sempre deixar o essencial.
Nunca vou agradar. E vou sempre querer ser do melhor que os outros. Não por eles - sempre por mim.
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