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Gosto de pensar em mim como uma rapariga (mulher, ok) simples, equilibrada, simpática e justa. Mas, sem quaisquer pretensões, sei que não possuo qualquer um destes predicados. Sou confusa, complexa, bruta, nervosa, stressada.
Tenho uma noção bastante bem elaborada de quem sou. Do que gosto, ou não gosto, do que aceito, do que não aceito. Tenho um filtro grande que me livra de muito o que não aceito, tudo o suporto ou não suporto.
Sei que vou sair dali magoada, sei que vou fazer-me forte durante muito tempo, mas, também sei que um dia, algures no futuro, vou deixar a ferida sangrar para poder curar mais depressa. Nada de pensos ou curativos. Sei que comigo vai ser sempre a sangue frio. Sei que vou magoar as pessoas. Sei que elas também me vão magoar. Ou talvez as queria magoar depois de me magoarem. Sei as coisas certas, mas sei também que, às vezes, vou fazer as coisas erradas. Sei e aceito tudo isso. Parto do princípio que a vida é assim mesmo. Não me desculpo, mas aceito-me.
Mas, por muitos anos que passem nunca vou suportar que decidam a minha vida por mim. Não suporto sequer a ideia de tomarem decisões que só a mim dizem respeito.
Não aceito que digam onde vou, por onde vou. Aceito sugestões, saídas, listas de coisas que devo fazer. Mas, a última palavra é minha. Devo fazer, mas nem sempre faço. Quero ser eu a decidir. A decisão é minha. Tem de ser minha. É minha. Será sempre minha.
Sou compressiva e simpática e boa pessoa. Mas, também sei os caminhos reversos. Conheço a raiva e a arrogância. A mágoa. Vivo comigo mesma para saber os meus limites. Os bons e os maus.
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