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Viajo para fugir de mim.
Das ideias que tropeçam e se misturam num emaranhado de invenções confusas. Do coração que falha batidas por estar desassossegado por alguma coisa que nunca descubro o que é. Do dia-a-dia que me engole e consome.
Viajo para me esquecer. Para ser só eu. Sem conhecidos e obrigações. Sem planos e sem horas. E, para algures na viagem de retorno me encontrar diferente.
Dou tudo de mim aos meus destinos, para vir cheia de mim nos meus regressos. Mais vazia e mais cheia de mundo.
Viajo sempre para me perder porque sei que no reencontro serei uma versão melhorada.
Nunca descanso nas férias. Porque não sei parar. Porque se pensar muito em todo o que me rodeia, não quero nada a rodear-me.
Preciso sempre de sair. Para voltar cheia de tudo o que me dá alento para ficar. Até voltar a sair.
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