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As palavras saem me cansadas e doridas.
Como se, destreinada de as escrever, soassem mal saídas da minha boca.
Gretam-me os lábios e cortam -me a língua. Enrolam -se umas nas outras e, em frases longas e sem pontuação, magoam me sempre de dentro para fora. Castigam me por que sabem que, em mim, nasceram para serem escritas e não ditas. Eternas no papel e não finitas sacudidas pelo vento que nesta tarde de novembro me açoita a face.
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