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O fim de todas as relações traz o sentimento de substituição. Saímos de um lugar que, inevitavelmente vai ser ocupado por alguém.
E, nem importa assim tanto porque saímos daquele posto, se eramos infelizes, que já nem amávamos quem estava a nosso lado, a verdade é que ocuparam aquele lugar que ainda ontem foi nosso.
Procuramos não pensar que fomos rapidamente substituídos. Que nós, frágeis com o trémito daquela relação, ainda estamos de pijama, em casa, enquanto o lugar que deixamos à disposição já está ocupado.
Claro que não havia lugar algum. Claro que as pessoas se trocam, mudam. Amores não se apagam. Deixam-se esmorecer. Por si só e sem substituições.
Por outro lado temos de aceitar que os outros se movem, e que todos temos velocidades diferentes. Não somos substituídos, somos deixados para trás.
Somos passado e isso nem sempre é fácil de lidar no nosso presente. Não enquanto pensamos no passado como presente, enquanto quem deixamos ainda é e está presente.
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