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Vivemos num mundo horrível.
Roubamos, matamos e queremos mal uns aos outros.
Não ajudamos os outros. Aliás, somos contra quem ajuda. Usamos o facebook para dizer mal, para sermos reles, hipócritas, para negarmos os nossos telhados de vidro enquanto os expomos ao carregar no botão “publicar”.
Somos umas bestas. Somos tão bestas que condenamos todos com as nossas atitudes de bestas.
A Hungria fechou hoje as fronteiras. Fechou as fronteiras com arame farpado. Com polícia, com cães. Com merdas e idealismos. Com a barriga cheia de poder e arame.
O mundo, o resto do mundo, acha normal. Acha normal ou aplaude. Ou então até nem concorda, mas encolhe os ombros.
Não vemos ninguém a morrer à fome, não vemos o sacrifício de quem foge da guerra, da miséria. Achamos mal virem para a Europa. Que raio, vão lá para a terra deles.
Achamos tudo mal. Aliás, já vi emigrantes – que saíram do pais (onde que se saiba não há guerra) virem para as rede sociais serem contra os que fogem dos seus países, onde todos os dias acordar sem uma bomba ou com balas na cabeça é uma bênção.
Somos umas bestas. Somos tão bestas que condenamos todos com as nossas atitudes de bestas.
Somos tão bestas que fizemos do mundo um lugar horrível para se viver.
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