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Quatro.
Um. Dois. Três. Quatro.
Uma mão quase cheia. Mais de 1000 dias. Um número infindável de horas.
Quatro anos de textos, de histórias, de letras e palavras. Quatro anos de pessoas, de comentários, de vozes escritas.
Estamos aqui há quatro anos. Quatro anos de descoberta, de uma montanha russa, que temos vindo a partilhar.
Quatro anos que sem vocês não seriam nada. Obrigada por fazerem parte dos quatro anos deste projeto, que é, sem dúvida das melhores e mais bonitas coisas que fiz na vida.
Que venham muitos mais! Obrigada por lerem sempre estas mentiras que vos conto, mentiras que tão pouca mentira têm!
Obrigada! Encontramo-nos sempre aqui.
Todas as coisas da vida são sempre mais fáceis quando estamos rodeados de pessoas boas.
Pessoas que pensam nos outros, que gostam dos outros, que gostam de si, pessoas gratas, especiais, Pessoas.
Sou uma felizarda por estar rodeada de Pessoas. Com letras maiúsculas. PESSOAS.
Obrigada Vera. Obrigada por toda tu seres uma grande rede de abrigados. Obrigados meus, para ti.
És uma maluca, Vera Maria, uma maluca!
Nunca fiz assim nada de muito especial. Trabalho, ajudo no que posso, faço das tripas coração por tudo e por nada e, de vez em quando, quando a inspiração mo permite, escrevo.
Tenho muitos sonhos amalucados, vontades estranhas e gostos sui generis. Não gosto de me encarar como mais uma, mas, a verdade é que não sou assim nada de especial. Sou especial à minha meneira, porém não sou em pedaço de mau caminha na especialidade.
Por isso, às vezes pergunto-me, como é que as pessoas podem de facto gostar de mim. Não, não sou daquele tipo que espera palavras bonitas, porque eu própria não as digo - jamais me vão ouvir chamar querida ou fofa a alguém no meio de um discurso (a não ser que esteja a ser irónica).
Não dou muitos beijinhos, rio-me muito alto, é possível que tenha borbulhas e as unhas mal pintadas. Sou uma confusão que gera confusão.
Por isso, não posso deixar de ficar surpreendia quando me fazem provas de amor.
Uma das coisas que aprendi aqui no blog é que o amor pode ser demostrado de muitas formas, e que, por estas bandas, o amor é mesmo cego, na medida em que nos preocupamos uns com os outros sem, de facto, nos conhecermos. Amor cego e inocente. Amamos as pessoas pelo que elas escrevem, como elas se espoem por letras (devo adiantar, que esta deve ser das formas mais bonitas de se amar). Vai daí, enviamos beijinhos e abraços dentro de envelopes ou por comentários.
No início, aqui o mentiras não era destinado a fazer amizades (ou seria?), e, sinceramente, nunca esperei proximidade com nenhum de vocês. Mas, dias atrás de dias, textos atrás de textos, cometários e emails depois, certo é que nos fomos apaixonando uns pelos outros, fomos torcendo uns pelos outros. Amizades despretensiosas, verdadeiras, misteriosas e completamente malucas.
Sem perceber bem porquê, estabeleci uma relação assim com a Vera. A Vera é assim mais ou menos como eu - uma confusão cheia de confusões. Trabalhamos as duas em coisas completamente fora de contexto, e juntamos dinheiro para coisas que um dia nos faram felizes. Sei, com toda a certeza que ela é mais corajosa que eu. Ou melhor, eu já fui corajosa como ela, mas acobardei-me e ela não (dêem-me tento que eu volto a acordar).
Nunca vi a Vera, e a Vera nunca me viu a mim. Ela acha-me parecida com a Kristen e eu acho que ela é uma Diva gira que farta. Gosto muito dela, mesmo não sabendo nada dela.
A Vera surpreende-me todos os dias - em especial nos dias em que, depois de se apoderar ilegalmente da minha morada, me envia prendas.
Por isso, hoje, em vez de a repreender por gastar dinheiro comigo, vou chamar-lhe querida e fofa e dar-lhe beijinhos e abraços – Vera só faço isto por ti!
Obrigada, obrigada, obrigada!
(E, não é que ela me conhece mesmo BEM?)
Uma criança de dois anos é muito mais crescida do que uma de um – não é preciso ser-se um especialista em crescimento para o saber.
As fraldas acabaram-se, assim como as papas, e agora há penicos e comida de gente crescida.
É a fase dos porquês, dos primeiros amiguinhos, dos primeiros diálogos, mais ou menos inteligíveis ou organizados.
É a fase em que o nosso pequeno rebento – no caso dos progenitores, mostra de que fibra é talhado. Anda, corre salta e faz corridas ao pé cochinho. Pinta as paredes, faz uma birra ou outra, dorme toda a santa noite, tenta imitar o comportamento dos pais e começa aprender a voar com as suas próprias asas.
Com um blog o processo não é muito diferente: aos dois anos é-se bastante maior do que se era no festejo do primeiro aniversário. As visitas crescem, assim como os seguidores, que deixam de ser números e passam a ser conhecidos, amigos do outro lado do ecrã.
Continuamos a ser os mesmos, nós e o blog que criamos, mas estamos os dois mais velhos, cortamos o cabelo, ele mudou o cabeçalho, crescemos e arrastamo-lo connosco.
Claro que ainda continuo a ser a mesma que sentada no chão do quarto, criou este espaço, a mesma que sonhou com o seu nome, mas cresci.
Estou melhor numas coisas, piores noutras… mas, cresci, com a ajuda dele e com a vossa.
Agora somos mais de 100, com mais de 1200 post e quase, quase 5000 comentários, tudo recheado de mentiras e verdade que vos conto.
OBRIGADA a todos vocês que me leem, me compreendem e tanto acarinham este espaço – sem todos vocês, ele não seria nada, seria de ninguém.
Parabéns ao Mentiras que te vou contando que um dia foi meu, e que agora é nosso.
Obrigada!
Não sou pessoa de grandes sentimentalismos, de beijinhos ou de grandes demonstrações de afeto.
Quem faz parte de mim, sabe-o pelos meus atos e presenças, não pelos meus demorados toques e festinhas. Sou prática e metódica, sendo muitas vezes a rocha de sangue frio, que dá carinho quando, mesmo precisando, sabe que os outros precisam mais.
Não se trata apenas de um ato de altruísmo. Por vezes são pequenas metas que imponho a mim mesma: não vais chorar aqui, não podes ir-te abaixo ali.
E estas cedências mentais, de mim para mim, têm sido seguidas à regra e, com maior ou menos sucesso, cá me aguento.
Porém, nos últimos tempos, e com a minha nova condição social, tenho feito vários ajustes. Ajustes esses que quero que me tornem melhor e me permitam uma folga emocional maior.
Preciso de pessoas, e de miminhos, de quando em vez. Preciso de um ego luminoso para me alumiar os dias. Antes, em tempos cheios de barulho e multidões, não era algo que me fizesse falta, porém, agora, tornei-me mais sensível a silêncios - embora haja dias que os precise, outros não os quero por perto.
Ontem, tive a maior manifestação de carinho dos últimos tempos: foi facebook e telemóvel cheio de mensagens, foram emails e portais. Coisas vindas de amigos, que mesmo estando longe, mostraram de que massa são feitos, outros de "desconhecidos", que mesmo sem me conhecem o corpo, me conhecem a escrita, me conhecem a alma.
A todos, a todos sem exceção, o meu muitooooo obrigada por serem os amigos que muitos matavam para ter. Obrigada por estarem na minha vida.
Um Obrigada Especial à Vera (sua mal mandada!!) e à Carolina
"Oh Marina, escreve um livro por favor. Tu fazes falta a este mundo de livros. p.f."
Vera, a blogger das palavras doces e companhia constante
Comunicar que ultrapassamos os 1000 posts, os 3600 comentários, as 49.100 visitas e os 90 seguidores.
Obrigada! Obrigada a todos, por tudo!
E é aí. É aí que nasce a vida, que morre o desgosto e se eleva o sol.
É aí. Em ti.
No coração. Nos olhos e na alma. Onde tudo se acalma.
Foi aí. Antes de tudo, antes do antes, onde eu nasci.
É aí. Em ti.
E é aí que estou. E é aqui que estás. Para sempre – no coração.
Ao alcance da mão.
É aí. E é aqui.
Mais desenhos fantásticos aqui!
MUITO Agradecida!!
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