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realização

por Marina Ricardo, em 02.01.18

Não tenho grandes planos para 2018. Pedi ao universo mais ou menos o que sempre peço: felicidade,  saúde, harmonia.

Este ano, no meio da euforia e das passas, pedi “realização”.

Realização pessoal, profissional, familiar. O que resume mais ou menos o que preciso: equilíbrio calma e uma paz que vem quando nos sentimos bem.

Uma palavra simples: realização.

Começo o ano sem grandes planos. Mas, no fundo, no fundo, com grandes esperanças.

publicado às 18:47

2017

por Marina Ricardo, em 31.12.17

2017

2017 foi o ano mais difícil da minha vida (Ou, um dos, vá...).

O mais discutido. O mais chorado. O mais gritado. O mais duro. O que mais me fez crescer. O me mais me fez amar-me o odiar-me.

O que mais vezes disse não. O que mais vezes disse sim.

Mas, nunca fui tão certa, tão poderosa e tão senhora do meu nariz – nunca fui tão mulher, tão adulta.

2017 fez-me mossa. E ferida. E, cicatrizes. Fez-me rainha do calão e da incompetência. Mas, nunca fui tão forte e tão confiante.

Em 2017 dormi pouco e preocupei-me demais. Trabalhei noites a fio, ri e dancei muito entre corredores de mercearia e armazéns desarumados. 

Escrevi pouco - letras mudas não doem tanto.

2017 foi uma luta. Eu, causa perdida, guerreira sem causa.

Em 2017 lutei muito pelo que acredito. E, por mim. Pelo que sei se sou e que quero ser. E também desisti, antes de retomar ao ponto de largada.

Em 2017 quis despedir-me todos os dias, mas, em todos os dias, fiquei. E continuei, mesmo sendo sempre tão difícil.

2017 foi Londres e Paris. E caminhos mais ou menos curtos, mais ou menos longos.

2017 foi osso duro de roer. Mas, também me moldou à sua semelhança.

Em 2017 quis começar um livro e comprei uma máquina de costura. Li poesia e quis desenhar-me diferente. 

Aprendi. Muito. E, quero mudar (quase) tudo.

 

Recebo 2018 de braços abertos e coração sereno. Forte e segura. Cansada e viva.

Que 2018 me desafie e que me faça feliz. Mais feliz - sempre mais e mais. E me realize.

Que 2018 vos traga tudo o que desejam! E que nos encontremos sempre por cá!

 

publicado às 23:59

2016

por Marina Ricardo, em 31.12.16

UFA…

2016 foi uma tempestade, seguida de dias amenos. Em que, mais cedo ou mais tarde, retomaram as chuvas e tornados. Também houve períodos de sol e primavera. 2016 foi assim: inconstante.

Em 2016 quase morri. Duas vezes. E sobrevivi 366.

Em 2016 vivi num hotel. Vivi em Braga. Em 2016 desesperei longe casa. Quis voltar e quis ficar.

Em 2016 fui peixeira, talhante, padeira, fruteira, escrava, e, depois, a custo de muitas horas sem dormir sou, finalmente, gerente de uma loja que te consome demasiado tempo, mas que adoro. Assumi um compromisso assustador com um trabalho que ainda não sei se amo.

Em 2016, mudei de loja e arranjei problemas. E cresci ao voltar.

Em 2016 testaram-me os limites. E fui forte. E chorei. E gritei. Fui calma. Fui fogo. Dor e felicidade. Foi palavras doces, e calão revoltado. Sempre tudo ao mesmo tempo, que o tempo é escaço.

Vi nascer o Brexit, o Trump ser eleito presidente, a Maria Leal ser considerada cantora, a Beyoncé lançar o melhor cd de todos os tempos, a Kelly ser mãe, a “Kristen” enviar-me um autógrafo., Portugal ser campeão e o Ronaldo atirar um microfone para um lago. Vi na minha pele as maiores nódoas negras de sempre, mas, também vi tatuagens silenciosas que marcaram tudo pelo que fui passando.

Escrevi e parei de escrever. Fui Marina Capaz. Comprometi a escrita, mas também escrevi muito. E calei as letras porque caladas doem sempre menos. 

Entreguei a minha irmã à cidade que me fez crescer – e vi-a voar, sozinha. Levei-a a casa, quando a tirei de casa.

Em 2016 li pouco e trabalhei horas a mais - muitas. Ouvi boa música, viajei, fiz uma road trip e fiz decisões difíceis. Andei de avião.

2016 foi Genebra. E Leon. E Paris. Foi também uma casinha no Douro, e uma tarde de barco, e pôr do sol que cura tudo. Foi uma road trip de miúdas, foi o fugir do país. Foi a primeira viagem em família e a primeira vez que tive dinheiro suficiente para fazer loucuras.

Em 2016, vi o mundo e vi o fim dele. Em 2016 a morte veio buscar-me duas vezes. E, mandei-a embora. Porque ainda não terminei. Porque, fodasse, ainda nem comecei. Em 2016, senti-me grata. Muito grata.

Hoje, ao conduzir para casa, depois de horas loucas no trabalho, soltei o suspiro mais longo, mais duro, mais saboroso e doloroso de sempre. Custou, pá. UFA, 2016!

 

Que 2017 que faça livre, destemida, capaz e invencível.

Que me dê espaço e me esmague. Que seja doce e me engrandeça. Que me faça sentir grata. 

Que, 2017 me dê pessoas, histórias e letras para escrever.

Que 2017 vos traga tudo o que anseiam - mesmo sem saberem, vos faça felizes e saudáveis! E que vos dê a força para procurarem a felicidade se esta teimar em vos escapar.

Quanto a nós, encontramo-nos sempre por cá.

Entra, 2017, sê bem-vindo.

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publicado às 20:47

Setembro

por Marina Ricardo, em 01.09.16

Agosto foi dos meses mais dificeis e mais magnificos que já vivi.

Foi dor e vida.

Verão e gelo.

Setembro chega cheio de desafios e decisões. Que seja doce.

publicado às 22:30

Dia 1

por Marina Ricardo, em 01.01.16

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publicado às 22:07

2016

por Marina Ricardo, em 31.12.15

2015 doeu-me. E, às vezes ainda me dói. 2015 Também me curou, depois de me ir matando.

2015 foi amargo, mas também soube a vitória.

 2015 acordou-me e uma vez eu acordei com um ataque de pânico. 

Em 2015 ultrapassei medos e falei de mim a desconhecidos. E 2015 fui escolhida, entre duas mil pessoas para integrar um projeto que ainda não amo todos os dias. 2015 empregou-me.

Em 2015 escrevi um livro. Também perdi um concurso. Mas, escrevi um livro com todos os pesos que tinha aos ombros. E ao peito.

Em 2015 fui a entrevistas de emprego péssimas. E disse não. Comi bolas de Berlim na praia e apanhei molhos de papoilas durante as caminhadas de verão.

Fiz bordados e postais. E flores, muitas flores. Comprei um vestido e uns óculos de sol. E anéis – sempre anéis. Comprei girassóis em dias de chuva e acordei antes do sol nascer.

Fui ao aquário e voltei aos sítios que me fazem feliz. Fiz picnics e escrevi. E parei de escrever.

Deixei de ler e de ter tempo. Senti-me presa e livre. Larguei-te e carrego-te como peso morto.

A Kelly cantou-me Invencible. E eu, fiz-me invencível – às vezes.

2015 deu-me asma. E um mundo cheio de desconhecidos e medos novos. E aventuras que estão por vir.

2015 deixa-me mais consciente. Mais focada. Acordada. Deixa-me mais confusa, mais apressada e com muito sono.

Deixa-me também muita matéria para voltar a estudar. 2015 deixa-me portas abertas e mundos desconhecidos. 2015 deixa-me os braços cheios de aventuras, realidades novas e pessoas.

2015 roubou-me tempo, mas, deu-me vida de gente grande. Com tudo o que isso implica.

Que 2016 que faça livre, destemida, capaz e invencível.

Que me dê espaço e me esmague.

Que, 2016 me dê pessoas, histórias e letras para escrever.

Que 2016 vos traga tudo o que anseiam - mesmo sem saberem, vos faça felizes e vos dê a força para procurarem a felicidade se esta teimar em vos escapar.

Quanto a nós, encontramos-nos sempre por cá.

Entra, 2016, sê bem-vindo.

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publicado às 19:57

#mylifeisamess - Agosto

por Marina Ricardo, em 01.09.15

Neste Agosto não tivemos férias. Nas vésperas da partida o carro avariou, e no dia D eu tive uma entrevista de emprego que durou 8h.

Neste ano foi o mais confuso Agosto de sempre. A minha mãe foi operada e o meu pai nem um dia de férias teve. Não fui a Nazaré, nem a nenhum lugar-comum. Não descansei, não dormi na praia. Mas, para dizer a verdade eu nunca dormi na praia.

 Continuei à espera. Tive sorte, cansaço e azar. 

Em Agosto ainda não foi o meu tempo, mas foi quase.

Fiz amigos novos, fiz muitas flores, ofereceram-me uma máquina de escrever, fiz os 8km do Paiva, fui ao aquário e comi um gelado cheio de lactose e açúcar. Sai todos os dias para caminhar, para fugir ou para fingir que está tudo bem. Desenterrei amores, e tentei esconde-los novamente em um qualquer canto escuro de mim.

Entro em Setembro aos trambolhões, cheia de medos e esperanças. Que comece. Quero tanto que comece.

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publicado às 22:37

Dance!🎆🎊🎇🎉

por Marina Ricardo, em 31.12.14

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publicado às 23:59

2014

por Marina Ricardo, em 31.12.14

2014 não foi o melhor ano de sempre. Não foi mau. Mas, não sei se foi muito bom.

2014 foi difícil. Muito difícil. Uma obra-prima cheia de cantos e recantos, muros e vedações.

Em 2014 aprendi que difícil é bom, porque nos faz ser melhores. Nos faz querer ser melhores. E, não há nada que seja impossível quando a vontade é ser melhor.

Em 2014 voltei a perder. Voltamos a perder. Família, amigos, emprego.

A morte leva-nos sempre alguém, quando crescemos. Ou, talvez estejamos mais atentos a ela, à medida que os anos passam. Depois, a vida, as horas, e os dias, levam-nos outras pessoas. 2014 mostrou-me que há muitos tipos de adeus. E até já.

Perdoei, este ano, quem achei que não seria capaz de o fazer, só, para depois perceber que voltei a perder. 

2014 deixa-me mais dura. Mais precipitada, mais nervosa, mais destemida.

Também me deixa mais despida, mais vazia, mais ampla e amolgada. Mas, deixa-me mais leve (não só em peso), mais verdade, mais eu.

2014 pôs-me a correr. Fez-me vestir leggins e esquecer o frio e a preguiça. Deixou-me sem leite e sem chocolates e fritos e gelados. Mas, fez-me concentrar no importante. Fez-me escolher.

2014 fez-me enfrentar medos, hospitais e fantasmas. Deu-me saudades, buracos e mágoas. Mas, também, boas memórias, missões compridas e objetivos.

Em 2014 voltei a para de ler, a ler muito e a estagnar. Voltei  a ter medo de escrever: aquela velha batalha na procura da minha voz, das palavras que quero que me oiçam. Em 2014 criei um negócio de amor e criei uma nova história de desamor e de um cão obeso.

Perdi o emprego, procurei um novo e senti-me só. Em 2014 senti-me amada e perdida. Percebida e enganada. Prendi na garganta as facas com que queria ferir. Quis, por muitas vezes, pagar na mesma moeda. Respirei fundo.

Falei alto, ri e chorei. Cantei a plenos pulmões, corri muito, andei mais ainda. Fui à cidade e ao mar. Deixei-me ir. Escrevi postais qe voaram para longe. A Kelly teve uma bébe e eu fui tia babada.

Este foi um ano de estremos. De muito e pouco. De tudo e nada. Um ano de hospitais, internamentos, viagens de carro com música alta, de pinturas e trabalhos manuais.

Em 2014 reinventei-me. Tentei ser sempre melhor do que ontem e dormi sempre de consciência tranquila (, estômago em brasa e costelas doridas).

2014 foi o ano em que tirei mais fotografias, o ano em que me apaixonei pelo céu, pelo por do sol, pelas cores, flores e pássaros. Em 2014 os meus olhos procuraram sempre mais.

2014 foi também o ano em que vi a Beyoncé e o Jay-Z e muito pouco pode bater isso. Isso e perder-me um campo de girassóis no meio do nada.

 Que 2015 me faça destemida, amada e mais louca. Que me dê espaço e me aperte. Que construa e não me desfaça em pedaços, que me ocupe por inteiro. Que, 2015 me dê pessoas, e histórias e letras e não me deixe órfã dos que amo.

 Que 2015 vos traga tudo o que anseiam - mesmo sem saberem, que vos faça felizes, e, se não fizer, que procurem essa felicidade até a encontrarem. Quanto a nós, encontramos-nos sempre por cá.

Entra, 2015, sê bem-vindo.

 

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publicado às 01:49

2014

por Marina Ricardo, em 01.01.14

Sejam Felizes, Muito Felizes, Sempre Felizes! E sonhem, de olhos abertos, de braços abertos - sempre, sempre, sempre...

publicado às 00:00


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