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"O que sentem quando estão em pânico?
Dor física? Medo? Não conseguem respirar?
Uma junção de tudo isto? Mais?
O que querem fazer, se forem capazes de pensar?
Fugir? Ou preferem ficar paralisados?
Se vissem a morte a vir na vossa direcção, o que fariam?
Acreditam que se vê a vida a passar diante os vossos olhos?
Não sei a resposta a nenhuma destas perguntas…
Simplesmente os meus sentidos bloquearam, e eu deixei de sentir."
Brianne, Capítulo 28.
Ao longo da minha vida, não são muitas as coisas que me possa orgulhar de ter acabado – os anos não são muitos, as oportunidades não abonam. Porém, mesmo assim, são escassas as empreitadas de aguentei até à conclusão. Tudo é demasiado pesado, e cansa, ó se cansa, e eu, tal como todos os outros abandonei e risquei os planos, saindo rumo a novos projectos.
Mas, deste, posso com toda a certeza sentir-me orgulhosa. Orgulho-me de todos os momentos – dos que me senti demasiado cansada, dos que me quis abandonar o barco, e dos que, com forças sobrenaturais, e contra todas as expectativas consegui ultrapassar e continuar. Independentemente dos erros, falhas, e incoerências – que as há, sinto-me (mais do que) satisfeita com o resultado final.
A Brianne – personagem fictícia que me apareceu em mãos num momento de solidão, foi mais do que uma amiga imaginária, foi uma companheira. Nos momentos que sentia mais só que sozinha, ela estava lá – na minha mente, no meu coração, e há distância de uma página em branco. E assim, trocava o meu mundo complicado e errático, pelo dela, um mundo fantasioso e irreal.
Na verdade, a Brianne ensinou-me tanto, que se fosse real, de carne e osso, estaria em dívida para com ela o resto da vida. Gostava de conseguir provar apenas a sua crença cega nos objectivos e sonhos, e sua coragem, e o amor, o amor sem medida com que se entregava a tudo.
Brianne – minha gémea de tinta e papel, Obrigada por tudo!
"Uma caixinha, pequenina, feita de veludo abriu-se, e uma pedra brilhante presa no topo de um anel dourado reluziu à luz da lua.
Um olhar expectante, uma lágrima de emoção. Um sorriso aberto e uma palavra largada ao vento.
Um gesto. Um metal frio a deslizar pelo meu dedo.
Suspensão de ideias pré-concebidas – abaixo as idades e os tempos certos para se fazer as coisas de modo certo.
Duas respirações irregulares. E por fim, um sorriso partilhado, um beijo apaixonado. Uma promessa de futuro - feliz e eterno…"
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