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Receber uma mensagem, às duas da manhã, com um "estou à tua porta com comida".
Amiga que é amiga não deixa a amiga engordar sozinha. Nunca.
As palavras calam-se quando ela abre a boca.
Carrego ao peito um amor morto. Faleceu-me nas mãos. As mesmas mãos que um dia demos, nesse inverno longínquo.
Trago nosso amor defunto ao peito. Medalha de luto. Mulher de guerra.
Não sei quando o enterro à terra e em cemitério te deixo. Talvez nos enterremos juntos. Eu e ele. Nosso amor morto. Nosso amor morto, que o coração me enche. Morto. E, que aos poucos o coração me mata. De solidão.
Os dias. Os dias são sempre melhores quando vens. Anda, vem sempre. Sempre prá'aqui.
Muita coisa mudou desde aquele 4 de julho. Aprendi muito, trabalhei muito, fiz e faço coisas que nunca esperei vir e estar a fazer.
Mas, nestes dois anos há coisas que nunca mudaram: o meu amor pela escrita e por tudo o que escrever me dá.
Foram dois anos sem a minha profissão, mas com uma fome sempre desmedida pelas letras. E, sei que por muitos 4 de julho que passem o sentimento vai ser sempre este: amor.
Tenho um poço negro no coração. Um sótão de águas podres e pretas. Águas mortas de memórias vivas.
Sem saber onde te deixar perdida, perdi-te no lado negro e sofrido do coração.
Agora, amor prometido, queres voltar. Emergir do teu silêncio calado e mudo, voltar a mim, ao lado são da pessoa que deixaste na margem.
Não te sei trazer de volta. Nunca soube como recuperar quem perdi propositadamente para o lado negro e podre do meu coração.
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