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Tenho a cabeça sempre desarrumada, um coração sempre em reboliço e a mente sempre inquieta. Os sonhos sempre no regaço, e as palavras na ponta da língua. Tenho muita vontade e muita pressa. Não faço muitos planos. E, acho sempre que não tenho tempo.
Tenho sempre uma lista de coisas por fazer, e sou demasiado transparente.
Digo sempre que não tenho mau feitio, mas isso nem sempre é bem verdade.
A alma essa, tenho está sempre livre. E pronta a improvisar.
Hoje faço 28 anos. Nunca estive tão certa de quem sou e tão incerta do que posso vir a ser - e, finalmente descobri que essa é a magia de estar vivo.
A vida tem-me presenteado com muitas pessoas boas. Pessoas especiais. Pessoas que fazem de mim especial, por elas seres tão especiais, se acercarem de mim.
Às vezes, na confusão dos dias, esqueço-me disto.
Obrigada por me (re)lembrarem disso.
Obrigada pelas palavras, ontem. E, pelas dos outros dias todos.
Aos 26 cresci muito. Mudei. Reinventei-me.
Nunca me senti tão eu. Tão confiante e frágil. Tão mulher.
Tão certa de mim. Tão orgulhosa da minha força, das minhas crenças e tão poucas certezas. Do meu espírito livre e mordaz.
Nunca me senti tão eu como nos 26. Como se a minha carne se tivesse moldado melhor ao meus ossos. Mais justa, mais apertada. Mais firme. Mais rija.
Aos 26 viajei. E gritei. Em bem da verdade, gritei bem mais do que viajei. Mas, apreciei bem a vista de ambos.
Aos 26 fervi sem água. Ou com água a mais. Revoltei-me. Fui ao inferno e voltei - mais forte.
Aos 26 devo ter batido um record qualquer de horas sem dormir, horas trabalhas e palavrões ditos com a boca e com a alma. Aos 26 segui sempre o coração e o sangue quente.
Aos 26 abri o coração e quis (quero) deixa-lo sempre assim: ao léu.
Hoje faço vinte e sete anos. Por extenso. Porque quantas mais letras melhor. Melhor, hoje, faço vinteeseteanos. Sem espaços e sem tempo a perder - não se perca o balanço e a vontade.
Hoje faço vinteeseteanos. Também faço dois anos, dois meses e cinco dias.
Hoje faço vinteeseteanos. Entro certa de mim e completamente incerta do ao meu lugar no mundo. Certa do fosso entre o onde estou e o onde quero estar.
Entro consciente e certa de mim. Grata pelas pessoas que me fazem sentir viva e que cuidam de mim quando eu própria me esqueço de o fazer.
Parabéns a mim, Obrigada a vocês.
26. Rodeada dos que amo. Em paz. Com um bolo demasiado colorido que demorou horas a fazer (tinha de ser o meu melhor bolo de sempre!).
Que os 26 sejam assim: coloridos. Felizes.
Obrigada a todos pelos desejos de Feliz Aniversário - Resultaram!
Aos 25 viajei. Gritei muito. Revoltei-me. Fui ao inferno e voltei - mais forte.
Aos 25 fiquei pior que nunca, melhor do que sempre. Nunca tinha dito tantos palavrões como nos 25. Ou dormido menos.
Aos 25 senti-me leve e pesada - um pesadelo. Mas, também nunca me senti tão confiante e acordada.
Aos 25 deixei de escrever e voltei a ler. Tive medo e matei os meus fantasmas - quase todos.
Hoje faço vinte e seis anos. Por extenso. Porque quantas mais letras melhor - não adianta fugir - sou filha delas..
Hoje faço vinte e seis anos. Também faço um ano, dois meses e cinco dias.
Hoje faço vinte e seis anos. Entro a escrever e a ler poesia. Leve como não me sentia há muito, grata por estar viva. Grata pelas pessoas que me fazem sentir viva e que cuidam de mim quando eu própria me esqueço de o fazer.
Parabéns a mim, Obrigada a vocês!
Os vinte e quatro acabaram com muito trabalho e comigo atrasada para a mim própria festa de anos (ok, não era uma festa, mas eu ás 19h, ainda nem sequer bolo tinha).
Houve presentes bons. E palavras que aqueceram.
Fiz bolo de limão. Porque quando a vida me der limões quero fazer sempre limonada.
(E, fiz lemon curd mas isso é só porque sou chic).
Obrigada a TODOS pelas palavras doces. Tenho precisado muito delas!
Aos 24 andei de avião. Vi o mundo e vi o fim dele. Trabalhei num talho, numa peixaria e numa padaria. E, assumi um compromisso com um trabalho que ainda não sei se gosto.
Comprometi a escrita, mas também escrevi muito. E calei as letras porque caladas doem sempre menos.
Li pouco e trabalhei horas a mais. Ouvi boa música, viajei, fiz uma road trip e fiz decisões difíceis. Levei a irmã a casa, quando a tirei de casa.
Hoje faço vinte e cinco anos. Por extenso. Porque quantas mais letras melhor.
Hoje faço vinte e cinco anos. Mas, também faço dois meses e cinco dias. E, nunca tinha percebido o quão bom é estar vivo.
Acordei às 5, e trabalhei mais de 11 horas. Já me dói tudo.
Já tenho o balão. E dois manjericos.
Já comprei as sardinhas (hoje, que também sou boa portuguesa).
Está tudo pronto. Já podes vir, S. João.
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