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Neste último ano às vezes, posso ter-me esquecido - sim, esqueci... - que a paz e a força vêem de mim.
Também me posso ter atrapalhado com as espectativas e posso ter-me tentado, outra vez, pôr naquela estante onde não quero estar.
Mas, estou a aprender. A errar e a seguir.
Acho que estou feliz - e com bichinhos carpinteiro, como sempre. É sempre bom sinal.
A minha vida não se aparece nada com o que achei, um dia, que ela seria. Passei muito tempo dos 20 a tentar encaixar-me num molde que não me servia. A desiludir-me porque nunca cabia dentro das minhas espectativas. Tornei tudo muito mais difícil. Fechei muitas portas. E fechei-me a muitas pessoas. Não podemos ser muito para os outros, se não formos nada para nós. Custou, mas aprendi.
Os 20's foram muito mais difíceis do que deviam, porque eu os fiz difíceis.
Foi preciso muita força para derrubar as barreiras e deitar por terra as ideias pré feitas e sonhar sonhos novos. Estabelecer novas metas, fazer novas amizades e fazer-me disponível para viver e para amar. Chegar a mim.
Envelhecer está a ser o melhor que me podia acontecer. Conhecer-me. Aprender a amar-me. Cair muitas vezes de cabeça. Ser cabeça dura. Ter o coração na boca, e a boca no mundo. Fazer as pazes com a vida que nunca vou ter, que nunca existiu. Perceber quais são os defeitos e as qualidades que sustentam a minha casa.
Entro hoje nos 30. A minha vida não se parece nada com o que achei que ela seria. E, isto é a maior e melhor descoberta que fiz até hoje; a vida só é boa assim: inesperada e inquieta para ser vivida.
A rotina e os lugares comuns fogem-me por entre os dedos esguios. Caem-me do colo, desarrumam-me a cabeça e abanam-me o coração.
Esqueci-me do conforto há muito, bicho inquieto.
Nunca fico aqui muito tempo...
Tenho a cabeça sempre desarrumada, um coração sempre em reboliço e a mente sempre inquieta. Os sonhos sempre no regaço, e as palavras na ponta da língua. Tenho muita vontade e muita pressa. Não faço muitos planos. E, acho sempre que não tenho tempo.
Tenho sempre uma lista de coisas por fazer, e sou demasiado transparente.
Digo sempre que não tenho mau feitio, mas isso nem sempre é bem verdade.
A alma essa, tenho está sempre livre. E pronta a improvisar.
Hoje faço 28 anos. Nunca estive tão certa de quem sou e tão incerta do que posso vir a ser - e, finalmente descobri que essa é a magia de estar vivo.
Se alguém precisar de um testemunho real de como está a correr o "pico da gripe", tenho muito a dizer sobre o assunto......
Sempre que o tempo muda, os dias ficam mais curtos, as luzes das ruas se acendem, sempre que me cheira a chá e a canela, fico com bichos carpinteiros que quero meter-me num avião...
E, ainda é muito isto
Ando a levar isto das bonecas muito a sério. Divirto-me muito. Dá-me um gozo imenso - crio personagens, que adapto a personalidades.
Estou a pensar seriamente em transformar estas miúdas em eatrelas da internet tal é o estilo que mostram perante a objetiva!
Ora, perdi um dente do siso (adeus juízo, Olá dor) e o telemovel morreu de morte morrida. Faleceu...
Paz a estas almas (e já agora menos dores a mim, este ser ser acesso a tecnologias até ordem contrária).
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