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Agora, por favor, domingo votem. Também precisamos de dias importantes no nosso país. E, não é daqui a uns anos. É agora.
É a esperança o sentimento mais bonito e puro de todos.
O mundo precisa de se educar.
De ler. Estudar. Letrar-se. Informar-se. Compreender. Compreender-se.
E, perceber que um pigmento na pele, é isso mesmo. Um pigmento.
E que, somos todos humanos. Diferentes. Únicos.
O mundo precisa de empatia. MUITA E cura. E aceitação. Opinião. Vontade. Bondade e amor.
O mundo precisa de gente acordada e capaz de dar o poder a quem consegue lidar com ele, e usá-lo em prol do lado correto da história.
O mundo precisa de tudo menos do que lhe estamos a dar agora.
Entro no carro. Ponho a chave na ignição. Um pedal, uma mudança. Respiro longamente. Uns dias mais fundo do que outros.
Ligo o rádio. Aumento o volume, até não haver mais volume para aumentar.
Abro o vidro do carro, enquanto faço inversão de marcha.
Certifico-me que o volume do rádio está no máximo. Está sempre.
Não importa a música. Vou sempre cantar demasiado alto. Até me doer a cabeça e a garganta.
Até os outros condutores me olharem de lado.
Sigo para casa.
E, durante aqueles pouco mais de três minutos finjo que está tudo bem. Que este não é só mais um dia riscado do calendário.
E, de súbito, dia depois de dia,
estes tornaram-se os únicos três minutos diários de normalidade que tenho.
- Não te preocupes - disse-lhe ela baixinho. - Também esperaste por mim quando desisti. Vou esperar por ti quando te sentires pronto para voltar.
Há uma semana regressava de Londres inconscientemente feliz
Tinha tido cuidados. Levava um gel desinfetante, e não vi um único frasco de álcool por lá. Haviam transeuntes com máscara, mas no total de quatro dias cruzamo-nos com não mais de cinco ou seis.
Ninguém parecia estar muito preocupado, por isso nós também não.
Aterramos no Porto, e ficamos só confusos porque embora tudo estivesse demasiado calmo, não havia o mínimo de cuidado.
A situação foi piorando. No trabalho instalou-se o caos.
Nunca tinha visto tamanho desespero associado a loucura e inconsciência.
Estávamos exaustos e na vez de nos protegermos, fizemos todos demasiadas horas de trabalho.
Nunca, em altura alguma tivemos tantos artigos esgotados. Também nunca nos sentimos tão inseguros e duvidosos na vida.
Neste momento estou em casa. Eu e metade da equipa. Daqui a duas semanas trocamos.
Não tenho sintomas, mas estou cheia de alergias e ligeiramente entupida (já fui assim para londres). Não sei nada.
Não sei para onde vamos. Não sei onde vamos parar. Como parar.
Estamos a viver, pela primeira vez um episódio que estará nos livros de história dos nossos filhos. Caso, um dia consigamos lá chegar.
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