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No mesmo momento em que o Ronaldo ganhava a bola de ouro a minha cozinha ficava inundada.
Somos tão patriotas que quando nos reunimos na sala a ver o discurso, deixamos a torneira da bancada da cozinha ligada.
Well done, family. Well done!
Sem capas, assim de peito aberto - é assim que me encontras.
Até quando vais contar essa história por palavras tuas, por palavras duras e de mágoa?
Até quando vai esse corpo, essa carne, esse coração aguentar tamanha pressão?
Diz-me que já não sei, já não te sei e não te digo. Diz-me tu quando me quiseres ouvir, diz-me, que já nem eu me posso entender por entre esse rol de palavras já gastas, já ditas, malditas.
Diz-nos que já não te vemos no meio dessa névoa, desse fumo, dessa aura que te rodeia.
Diz-nos, faz-nos saber, até quando...
Prova disso é o facto da minha cabeça rebentar de dor.
Dói, dores fortes. Mau estar, que leva ao mau feitio e ás dores no resto do corpo.
Estou cansada, oh, tão cansada...
Por isso, vou tomar - uma vez mais - uns comprimidos, e já volto.
(Carregadas de roupa, mantimentos e problemas. E lá vamos nós.)
E assim, pela primeira vez a miss ideias fixas está com dúvida e põe tudo em causa.
E nada está certo, nada está bem, e chora e desespera….
E fere-se, e magoa-se, e não sabe o caminho de volta… Sempre sozinha, mesmo que esteja rodeada de gente.
Melhores dias, com cabeças mais leves, virão. Ela sabe-o. Por isso, não desiste. Jamais o fará.
Mas, por agora, ela perdeu-se, dentro de si. E está a tenta encontra-se…
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