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A rotina e os lugares comuns fogem-me por entre os dedos esguios. Caem-me do colo, desarrumam-me a cabeça e abanam-me o coração.
Esqueci-me do conforto há muito, bicho inquieto.
Nunca fico aqui muito tempo...
A ultimar duas apresentações que podem ditar o meu futuro na empresa.
A fingir que não estou stressada. A afirmar, a pés juntos, que não estou nervosa.
A mentir mais ou menos mal...
Conto pelos dedos das mãos os dias fáceis que tive no trabalho. Os dias que correram como os prevíamos, os dias leves…
Não conto as dificuldades. Já lhes teria perdido a conta há muito.
Não tenho dias fáceis. Mas, tenho pessoas que ajudam a melhora-los.
Hoje, passei a manhã a dar uma ajuda num inventário a iogurtes (A C. nunca tinha feito um inventário sozinha e estava apavorada).
Quando cheguei ao escritório, depois de almoço, tinha uma caixinha com um bolo poisada junto às minhas coisas.
Um bolo por um agradecimento.
Sou terrivelmente apaixonada por pessoas. (E, o que me vai custar um dia mudar de loja….).
Chove torrencialmente. Estou a fazer um trabalho em Power Point. Acabei de ajudar uma colega a fazer o dela. Estou sentada numa posição desconfortável, numa cama demasiado pequena.
Estivesse eu a fazer um trabalho de jornalismo que acreditava que estava de volta a Vila Real.
Mas, estou a fazer um trabalho de fruta (e outro de padaria), logo não há razões para duvidar de que estou em Braga....
Estamos a fazer uma campanha megalómana de promoções. A logística envolvida no trabalho dos últimos dias é quase impensável.
Não sei se sinto que fui atropelada por um camião ou por um comboio.
Ontem sai do trabalho às 22:17. Adormeci bem perto da meia-noite.
Acordei as 5 da manhã. Entrei no trabalho às 6.
Fiz reposição e fui fingir que sou talhante. Almocei em pouco mais de meia hora.
Sai do trabalho às 18:40.
E não, esta não é uma mentira do primeiro de Abril. A minha vida é mesmo assim difícil.
A primeira semana no talho foi difícil. Tanto que ao terceiro dia fui repor. Paletes de tralha suavam tão apetecíveis comparadas com dezenas de animais mortos deitados numa montra.
Depois voltei. Tinha que voltar - afinal não sou de me acobardar perante carcaças.
Esta semana está a ser a loucura. Tivemos alguns percalços com o pessoal: baixas e ausências.
Já perdi a conta à carne que piquei, aos bifes e pernas de frango que embalei.
(sou tão boa a repor frango e a empilhar costeletas!)
Posso não saber muito, mas gosto é da confusão. Sou tão maluca.
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